Segunda-feira, 01 de setembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 1 de setembro de 2025
É conversa fiada que as trocas da bancada governista na CPMI da gatunagem no INSS seria reação do governo, que acumula derrotas nas votações. Otto Alencar (PSD-BA) já não escondia a vontade de deixar a missão de “advogar” pelo governo em um assunto “que pega”, às vésperas de eleição. Ao menos dois colegas do baiano estão com um pé fora da comissão e Lula deu um jeito de se vingar de dois casos de “aliados” que sumiram no dia da eleição para o comando da CPMI.
E aí, perdeu
O deputado Rafael Brito (MDB-AL) faltou à votação em que a oposição levou a presidência e a relatora da CPMI, em virada histórica.
Pura ingratidão
Lula lembrou que fez até vídeo na campanha de Brito para prefeito de Maceió, mas o prefeito JHC foi reeleito com justiça: 83,25% dos votos.
Chá de sumiço
Outro que Lula trocou e é ressentido é o senador Cid Gomes (PSB-CE), que também não deu as caras na votação para a direção da CPMI
Ainda ontem
Até 2024, o senador cearense foi do PDT do ex-ministro Carlos Lupi (Previdência), demitido após vir a público a falcatrua no INSS.
‘Assassinato de reputações’ expôs método petista
Tem método a antiga estratégia de Lula (PT), desde seu primeiro governo, de tentar aniquilar moralmente os adversários, utilizando-se do aparato oficial. Está tudo descrito num livro definitivo, que clama por nova reedição: “Assassinato de reputações – Um Crime de Estado”, de Romeu Tuma Junior (ed. Topbooks, Rio, 557 pp, 2013). Ex-secretário Nacional de Justiça de 2007 a 2010, segundo governo Lula, o autor é filho do saudoso delegado Romeu Tuma, ex-diretor da Polícia Federal.
Investigador respeitado
Delegado de carreira, Romeu Tuma Júnior ajudou a desvendar crimes como a morte do ex-prefeito petista de Santo André (SP) Celso Daniel,
Crueldade e covardia
Celso Daniel foi sequestrado e torturado com brutalidade que se vê empregada, hoje em dia, curiosamente, nos justiçamentos do PCC.
Queima de arquivo
Até hoje há suspeitas, inclusive entre familiares, de que Celso Daniel pode ter sido vítima de queima de arquivo.
Na mira
Conselheiro que influencia decisões de Trump sobre o Brasil, Jason Miller fez alusão a Maquiavel ao citar Moraes e o STF: “corrupção absoluta corrompe absolutamente!”. Ele sempre lembra ter sido detido no Brasil em 2021 e interrogado por três horas a mando de Moraes.
Milímetro para trás
Na oposição, o parecer de Paulo Gonet contrário a policiais na casa de Bolsonaro pode ter sido combinado com Alexandre de Moraes, que, ao contrário do que ameaçou, parecia inclinado a recuar um milímetro.
À la carte
Especialista em Direito Constitucional, o advogado Guilherme Barcelos é um dos críticos da medida brutal de policiais dentro da casa do ex-presidente Jair Bolsonaro: “Medidas à la carte nunca são proveitosas”.
Discurso cínico
O ex-deputado Roberto Freire faz as contas, lembrando que o PT de Lula e Dilma governou o Brasil por 17 em 25 anos. “E o nosso atraso é culpa, apenas, dos outros governos… isso é muito cinismo!”.
Hipérbole oficial
Tratada por Lula (PT) & cia como a “maior operação contra o crime organizado da História”, a Carbono Oculto movimentou mais de mil agentes da PF e resultou em apenas seis das 14 prisões pretendidas.
Meio livre, meio…
A Freedom House avalia a liberdade de cidadãos de diferentes países na internet. Na avaliação da ONG, a internet no Brasil merece nota 65 e não é considerada livre, em 2025. É “parcialmente livre”.
Ativismo também lá
Um juiz nos Estados Unidos decidiu que as “tarifas punitivas” impostas pelo presidente Donald Trump não seguem a lei, mas o que valerá mesmo é o entendimento da Suprema Corte, de maioria conservadora.
Falta muito pouco
Agora faltam menos de 400 dias para as eleições de 2026 e cerca de nove meses até fechar o cadastro dos eleitores que querem votar para presidente, governador, senadores e deputados.
Pensando bem…
…nem todo recuo é estratégico.
PODER SEM PUDOR
Raro deputado
O diálogo é atribuído a personagens de vários Estados, mas os cearenses garantem que aconteceu com Crisanto Moreira da Rocha. Ele estava em campanha para deputado federal, no interior, quando parou esfomeado em um boteco e pediu seis ovos fritos para ele e acompanhantes. Reagiu assim à conta salgada de 600 mil réis: “Ovos, aqui, são difíceis de encontrar?” O dono do boteco respondeu: “Não, doutor, ovo é fácil. Difícil aqui é encontrar deputado federal…”
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
Instagram: @diariodopoder