Sábado, 31 de maio de 2025

Trump acusa China de violar acordo e romper trégua comercial com os Estados Unidos

O presidente Donald Trump sugeriu, nesta sexta-feira (30), que a trégua comercial entre os Estados Unidos e a China não estava se mantendo e acusou Pequim de quebrar um acordo que foi negociado neste mês para reduzir temporariamente as tarifas que os países haviam imposto um ao outro.

Em uma publicação no Truth Social, Trump disse que a China violou o pacto e sugeriu que poderia voltar a adotar uma abordagem mais confrontadora: “Lá se vai o fato de eu ser o Sr. BONZÃO!”

As acusações ameaçaram inviabilizar as esperanças de um acordo mais amplo entre as maiores economias do mundo. O impasse comercial entre os Estados Unidos e a China gerou uma preocupação significativa para as empresas e os investidores e aumentou os temores de uma desaceleração global.

A nova disputa chega em um momento de grande incerteza para o presidente e sua capacidade de brandir tarifas pesadas como uma forma de forçar outros países a fazer concessões comerciais. No início desta semana, um tribunal federal de comércio declarou ilegais muitas das tarifas impostas pelo presidente, inclusive algumas que ele impôs à China por motivos emergenciais. Posteriormente, um tribunal de recursos restaurou esse poder temporariamente.

Os EUA haviam aumentado as tarifas sobre as importações chinesas para 145% no início deste ano, e a China havia aplicado um imposto de importação de 125% sobre os produtos americanos. Ambos os lados reduziram essas taxas no início de maio, depois que o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e Jamieson Greer, representante comercial dos EUA, se reuniram na Suíça com seus colegas chineses. Eles concordaram em manter conversas sobre um acordo mais abrangente e pausar a maioria das tarifas por 90 dias.

Apesar da pausa no confronto comercial, os laços diplomáticos entre os EUA e a China se tornaram ainda mais tensos nos últimos dias.

O secretário de Estado, Marco Rubio, anunciou na noite de quarta-feira que o governo Trump trabalharia para “revogar agressivamente” os vistos de estudantes chineses, incluindo aqueles com vínculos com o Partido Comunista Chinês ou que estejam estudando em “campos críticos”.

O governo também suspendeu algumas vendas para a China de tecnologias essenciais dos EUA, incluindo aquelas relacionadas a motores a jato, semicondutores e determinados produtos químicos e maquinário.

Não está claro se alguma dessas medidas teve impacto sobre as negociações tarifárias. Mas Bessent disse na noite de quinta-feira que as negociações econômicas haviam “estagnado” e sugeriu que Trump e Xi Jinping, presidente da China, precisariam se envolver diretamente.

“Acredito que teremos mais conversas com eles nas próximas semanas”, disse Bessent na Fox News.

Greer disse nesta sexta-feira que a preocupação do presidente decorre do fato de que a China não parece estar honrando seus compromissos com um acordo negociado entre as duas nações em Genebra.

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