Sexta-feira, 26 de setembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 25 de setembro de 2025
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (25) que o país passará a adotar novas tarifas de importação a partir de 1º de outubro. A medida atinge diretamente setores como farmacêutico, de caminhões pesados, móveis e artigos de cozinha e banheiro.
Segundo o republicano, os percentuais irão variar entre 25% e 100%. O plano prevê tarifas de 25% para caminhões pesados, 30% para móveis e estofados, 50% para armários de cozinha e gabinetes de banheiro, além de 100% para medicamentos de marca ou patenteados.
O anúncio foi feito em sua rede social. Trump justificou a decisão afirmando que pretende proteger fabricantes americanos diante do que chamou de “inundação” desses produtos no mercado interno, além de alegar motivos de segurança nacional.
No caso dos produtos farmacêuticos, que receberão a tarifa mais alta, o presidente explicou que haverá exceção para empresas que estiverem construindo fábricas nos Estados Unidos. “Não haverá tarifa sobre esses produtos se a construção já tiver começado”, afirmou. A Pharmaceutical Research and Manufacturers of America criticou a medida, lembrando que mais da metade dos ingredientes usados em medicamentos no país já é produzida localmente, enquanto o restante vem de parceiros comerciais da Europa e de outros aliados.
Para o setor de caminhões pesados, Trump destacou que a tarifa de 25% busca reduzir a concorrência externa e fortalecer fabricantes locais como Peterbilt, Kenworth e Freightliner. O México, principal exportador desses veículos para os EUA, deve ser o mais impactado. Dados oficiais indicam que, em 2023, o país respondeu por quase US$ 128 bilhões em peças para veículos pesados, o equivalente a 28% das importações americanas. Montadoras como Stellantis, que fabrica caminhões Ram e vans comerciais no território mexicano, e a Volvo, que ergue uma nova planta em Monterrey, também podem ser afetadas.
Além disso, Trump confirmou tarifas de 30% sobre móveis e estofados e de 50% sobre armários de cozinha e gabinetes de banheiro. De acordo com ele, a medida é uma resposta à grande quantidade de produtos importados que chegam aos EUA, o que, segundo sua avaliação, compromete a competitividade da indústria local.
“Trata-se de uma prática muito injusta. Precisamos proteger nosso processo de manufatura por razões de segurança nacional e outros fatores”, concluiu o presidente.