Quarta-feira, 03 de setembro de 2025

Trump diz que os Estados Unidos atiraram em barco que transportava drogas da Venezuela

O presidente Donald Trump, falando no Salão Oval nesta terça-feira (2), disse que os militares dos Estados Unidos “atiraram” em um barco que transportava drogas da Venezuela, sem dar mais detalhes ou deixar claro de quem era a embarcação atingida.

Pouco depois, o secretário de Estado Marco Rubio confirmou a fala do presidente, classificando o ataque como “letal”, também sem detalhar o caso. As declarações ocorrem em meio à crescente tensão com o país sul-americano e a presença militar dos Estados Unidos nas águas do Caribe para combater o narcotráfico.

Na mesma entrevista coletiva, o presidente também abordou o destacamento da Guarda Nacional a Chicago, embora não tenha deixado claro quando isso acontecerá.

“Vocês verão isso e lerão sobre isso”, disse Trump.

“Aconteceu há poucos instantes. E nosso grande general, chefe do Estado-Maior Conjunto, tem sido tão incrível… Mas ele nos deu um breve resumo, e vocês verão. E tem mais de onde isso veio. Temos muita droga entrando em nosso país, chegando há muito tempo, e nós simplesmente… elas vieram da Venezuela, e em grande quantidade. Muita coisa está saindo da Venezuela. Então, nós tiramos tudo, e vocês verão isso depois disto… depois que esta reunião terminar”, salientou.

“Como o presidente acaba de anunciar há poucos instantes, hoje as Forças Armadas dos EUA realizaram um ataque letal no sul do Caribe contra um navio de drogas que havia partido da Venezuela e era operado por uma organização designada como narcoterrorista”, postou Rubio nas redes sociais, pouco antes de embarcar para sua primeira viagem oficial ao México.

A manobra dos EUA nas águas do Caribe prevê o envio de cerca de 4.000 soldados para perto do território marítimo venezuelano. Também foram enviados ao menos três navios de guerra contratorpedeiros — USS Jason Dunham, USS Gravely e USS Sampson —, além do cruzador USS Lake Erie, do submarino nuclear USS Newport News e do Grupo de Prontidão Anfíbia Iwo Jima, para perto do litoral do país.

Nicolás Maduro — acusando pelos EUA de supostamente liderar uma organização criminosa chamada Cartel dos Soles —, considera que se trata de uma ação para exercer “máxima pressão” contra ele por parte do governo do presidente Trump. Washington, cujas relações diplomáticas com Caracas estão rompidas desde 2019, aumentou para US$ 50 milhões (mais de R$ 270 milhões, na cotação atual) a recompensa por informações que levem à prisão de Maduro.

A movimentação militar americana provocou uma reação venezuelana, que colocou suas forças em prontidão e reforçou a convocação de reservistas — segundo Maduro, apenas a Milícia Nacional Bolivariana teria mobilizado um efetivo de 4,5 milhões de pessoas, número apontado como superdimensionado por especialistas.

Na segunda-feira, o líder venezuelano afirmou que está preparado para passar à “luta armada” caso seu país seja invadido, após a mobilização militar dos EUA nas águas do Caribe. O anúncio vem na esteira de uma série de declarações belicosas e nacionalistas do chavista — que tenta reforçar sua base de apoio, em um momento em que a Venezuela enfrenta mais uma crise econômica e institucional.

“Nós estamos em um período especial de preparação máxima. E em qualquer circunstância, vamos garantir o funcionamento do país”, disse Maduro durante um encontro com a imprensa internacional em Caracas.

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