Quinta-feira, 27 de novembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 27 de novembro de 2025
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou que o Serviço de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos (USCIS, na sigla em inglês) revise todos os “Green Cards” concedidos a imigrantes de 19 países. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (27).
O Green Card é o visto de residência permanente nos EUA. O documento permite que estrangeiros trabalhem e vivam no país, além de abrir caminho para a cidadania americana.
A ordem vem um dia após um ataque a tiros perto da Casa Branca, que deixou dois militares da Guarda Nacional em estado grave. Segundo as autoridades, o atirador é um afegão em situação irregular. Ele foi preso.
De acordo com a imprensa americana, os países afetados são os mesmos que, em junho, foram alvo de uma ordem de restrição do governo Trump. À época, o presidente proibiu a entrada de cidadãos de 12 dessas nações e impôs limites aos demais. Veja a lista:
– Afeganistão;
– Chade;
– Congo;
– Eritreia;
– Guiné Equatorial;
– Haiti;
– Irã;
– Iêmen;
– Líbia;
– Mianmar;
– Somália;
– Sudão;
– Burundi;
– Cuba;
– Laos;
– Serra Leoa;
– Togo;
– Turcomenistão;
– Venezuela.
Em uma rede social, o diretor do USCIS, Joe Edlow, afirmou que o presidente ordenou uma reavaliação “completa e rigorosa” de todos os Green Cards de imigrantes de países considerados sensíveis.
“A proteção do país e da população continua sendo prioridade. Os americanos não vão arcar com os custos das políticas irresponsáveis de reassentamento do governo anterior. A segurança dos Estados Unidos não é negociável”, escreveu.
Mais cedo, o governo dos EUA anunciou que também vai revisar todos os pedidos de asilo aprovados durante o governo de Joe Biden, entre 2021 e 2025.
O ataque de quarta-feira aconteceu por volta das 14h30, no horário local (16h30 em Brasília), a poucos quarteirões da Casa Branca. O tiroteio ocorreu perto de um parque movimentado, cercado por restaurantes e cafeterias.
Trump e o vice-presidente J.D. Vance não estavam na Casa Branca no momento do ataque. Ambos deixaram Washington por causa do feriado de Ação de Graças, comemorado nesta quinta-feira.
Mais tarde, em um pronunciamento, o presidente classificou o caso como um “ato de terror”. Já o Departamento de Justiça dos Estados Unidos investiga o caso como terrorismo.
O suspeito foi identificado como Rahmanullah Lakanwal, de 29 anos. As autoridades acreditam que ele agiu sozinho. Segundo o diretor da CIA, John Ratcliffe, Lakanwal trabalhou com o governo americano, incluindo a Agência Central de Inteligência, no Afeganistão. Ele entrou nos Estados Unidos em 2021.
A imprensa americana informou que o afegão pediu asilo aos Estados Unidos em 2024, ainda durante o governo de Joe Biden. O pedido foi aceito em abril deste ano pelo governo de Donald Trump.
A procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, disse nesta quinta-feira que irá buscar pena de morte contra o acusado caso os dois militares baleados não se recuperem.