Domingo, 19 de outubro de 2025

Trump publica vídeo de Inteligência Artificial em que usa coroa e despeja fezes sobre manifestantes

O presidente dos Estados Unidos Donald Trump publicou um vídeo feito por inteligência artificial em que pilota um avião militar e solta “bombas” do que parecem ser fezes sobre os manifestantes dos protestos “No Kings” (“Sem Reis”).

O vídeo, que foi publicado na rede social Truth Social, mostra Trump usando uma coroa e pilotando um avião com os dizeres “King Trump” (“Rei Trump”, em inglês) na lateral.

Foi a primeira reação de Trump aos protestos, que reuniram manifestantes de cidades dos EUA e também da Europa. Antes disso, o Partido Republicano já havia minimizado as manifestações como “protestos antiamericanos”.

Esta foi a terceira mobilização em massa desde a volta de Trump à Casa Branca, e ocorreu em meio a uma paralisação do governo que não só fechou serviços federais, mas também testa o equilíbrio de poderes.

Os manifestantes lotaram a Times Square, em Nova York, e se reuniram aos milhares em parques das cidades de Boston, Atlanta e Chicago. Grandes atos também foram registrados em Washington e no centro de Los Angeles.

“Não há nada mais americano do que dizer ‘nós não temos reis’ e exercer nosso direito de protestar pacificamente”, afirmou Leah Greenberg, cofundadora do movimento progressista Indivisible, responsável pela organização dos atos.

Em Washington, manifestantes se reuniram perto do Cemitério Nacional de Arlington, próximo à área onde Trump planeja construir um arco monumental ligando o Memorial Lincoln à margem oposta do rio Potomac.

O movimento recebeu apoio de Bernie Sanders, Alexandria Ocasio-Cortez e da ex-secretária de Estado Hillary Clinton, além de dezenas de celebridades. A ACLU (União Americana pelas Liberdades Civis) treinou milhares de voluntários para atuar como monitores e evitar confrontos.

Houve bandas marciais, enormes faixas com o preâmbulo “We, the people” (“Nós, o povo”) da Constituição dos EUA e manifestantes com fantasias.

Organizadores dos protestos alertam que a forma com que o Executivo agressivo confronta o Congresso e os tribunais é um deslize rumo ao autoritarismo.

A paralisação do governo americano, conhecida como shutdown, ocorreu após o Congresso não conseguir aprovar um projeto orçamentário para estender o financiamento federal.

Com o governo impedido de gastar, milhares de servidores públicos foram colocados em licença, enquanto outros, que trabalham em serviços essenciais, podem ter os salários suspensos.

Em Washington, o veterano da Guerra do Iraque Shawn Howard disse à agência de notícias Associated Press que nunca tinha participado de um protesto, mas se sentiu motivado a comparecer por ver o que considera o “desrespeito à lei” da administração Trump.

Segundo ele, detenções migratórias sem devido processo e uso de tropas em cidades americanas são atitudes “antiamericanas” e sinais alarmantes de erosão da democracia.

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