Segunda-feira, 19 de maio de 2025

Tuta, apontado como sucessor de Marcola no PCC, é levado para presídio federal em Brasília

Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta e apontado como novo número 1 da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), foi transferido na tarde deste domingo (18) da Bolívia para Brasília.

Foragido há cinco anos, Tuta foi capturado na sexta-feira (16) no país sul-americano. Na manhã deste domingo, ele foi entregue à Polícia Federal em Corumbá — município no Mato Grosso do Sul que faz fronteira com o território boliviano.

Condenado a 12 anos de prisão no Brasil por crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas, ele constava na Lista de Difusão Vermelha da Interpol desde 2020.

Por questões de logística e segurança, ele vai ficar preso na Penitenciária Federal em Brasília, onde seu antecessor Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, está preso.

A transferência de Tuta para o Brasil contou com a coordenação do Ministério da Justiça e Segurança Pública e do Ministério de Relações Exteriores. Participaram da operação 50 integrantes da Polícia Federal, incluindo 12 operadores do Comando de Operações Táticas (COT). O transporte da fronteira boliviana para Brasília foi realizado em uma aeronave da PF.

A escolta até a Penitenciária Federal em Brasília teve a participação de 18 homens da Polícia Penal Federal, além do apoio das polícias Militar e Civil do Distrito Federal.

Em ação conjunta com a Polícia Federal, agentes da Fuerza Especial de Lucha contra el Crimen (FELCC) da Bolívia prenderam Marcos Roberto de Almeida, na noite de sexta-feira (16), em Santa Cruz de la Sierra.

Antes, o plano era que Tuta fosse transferido para a Penitenciária II de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, conhecido por historicamente abrigar integrantes do alto escalão da facção, inclusive Marcola entre 2007 e 2019.

Estavam disponíveis três viaturas da Polícia Federal, 20 viaturas do 8º Batalhão, além do helicóptero Águia para receber Tuta em São Paulo.

Tuta foi preso na sexta na cidade de Santa Cruz de la Sierra com documentos falsos, segundo a PF. A prisão foi feita pela Fuerza Especial de Lucha contra el Crimen, da Bolívia.

A polícia boliviana informou que o homem detido se apresentou como Maycon Gonçalves da Silva, nascido em 25 de março de 1971, em um centro comercial da cidade, para tentar renovar a Cédula de Identidade de Estrangeiro (CEI), documento necessário para não bolivianos que residem no país.

Ao consultar o sistema internacional de estrangeiros, surgiu um alerta indicando que se tratava de um procurado pela Interpol. A PF, então, foi comunicada.

No Brasil, Marcos Roberto de Almeida tem duas prisões decretadas em investigações do Ministério Público de São Paulo (MP-SP). Ele foi um dos principais alvos da Operação Sharks, deflagrada em 2020, quando fugiu do Brasil e passou a constar como foragido na lista da Interpol.

À época, o MP-SP confirmou que Tuta havia assumido o comando do PCC após a transferência de Marcola para um presídio federal, em fevereiro de 2019.

O criminoso já foi condenado em primeira instância por organização criminosa, com pena de 12 anos e seis meses de prisão. Responde ainda a outro processo por organização criminosa e lavagem de dinheiro.

“O Marcos Roberto, vulgo Tuta, já era da sintonia de 1, mas não era o número 1 do PCC. Com a remoção do Marcola, ele foi elencado, nominado pelo Marcola para ser o novo n° 1 do PCC, tanto dentro como fora dos presídios. É um velho conhecido nosso. Só que, em liberdade, ele atingiu o status, seria o novo Marcola na nossa concepção”, explicou na ocasião o promotor Lincoln Gakiya, que investiga o PCC há décadas em São Paulo. As informações são do portal de notícias g1.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

CBF divulga áudio do VAR em pênalti marcado para o São Paulo contra o Grêmio
Cristiano Ronaldo recebe proposta para jogar em time brasileiro, diz jornal
Pode te interessar
Baixe o app da TV Pampa App Store Google Play