Terça-feira, 21 de outubro de 2025

Ucrânia aceita negociar com a Rússia territórios ocupados, diz agência

Líderes da União Europeia e da Ucrânia estão elaborando um plano de paz com 12 pontos que prevê a negociação de territórios ucranianos ocupados pela Rússia. As informações foram publicadas pela agência Bloomberg nesta terça-feira (21), com base em fontes com conhecimento do assunto.

Caso o texto seja confirmado, esta será a primeira vez em que o governo do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, concorda em ceder, mesmo com condições, territórios de seu país à Rússia.

A Bloomberg afirma ainda que a proposta prevê a interrupção dos combates nas atuais linhas de frente da guerra, além de garantias de segurança à Ucrânia. Em troca, os europeus retirariam gradualmente as sanções econômicas aplicadas à Rússia desde 2022.

No total, o texto tem 12 pontos, diz a agência. Entre eles estão os seguintes: parar a guerra na linha de frente atual; criação de um conselho de paz supervisionado por Trump; retorno de todas as crianças ucranianas sequestradas e trocas de prisioneiros; a Ucrânia teria garantias de segurança contra novos ataques e também de uma rápida adesão à UE, além de dinheiro para reconstrução; os europeus retirariam gradualmente as sanções contra a Rússia, mas elas voltariam se Putin voltasse a atacar. Os bens russos congelados também seriam devolvidos.

Assim que concordarem com a proposta, Ucrânia e Rússia entrariam em negociações sobre a governança dos territórios ocupados pelas tropas russas, segundo as fontes consultadas pela Bloomberg. No entanto, nem o governo Zelensky nem a Europa reconheceriam esses territórios como russos.

O plano elaborado pelos europeus ainda seria apresentado a Trump nesta semana, e alguns pontos poderiam mudar, segundo a Bloomberg. Nem o Kremlin nem Washington se pronunciaram sobre o plano europeu até a última atualização desta reportagem.

Uma declaração conjunta assinada por Zelensky e por líderes de outros países europeus pediu nesta terça o fim imediato do conflito e que a linha de frente dos combates seja o ponto inicial das negociações. Os europeus farão uma cúpula na sexta-feira (24) para discutir mais apoio militar à Ucrânia no pós-guerra.

Trump pressiona tanto os europeus quanto a Rússia pelo rápido fim da guerra. O presidente americano já fez propostas para terminar o conflito, porém nenhuma delas avançou até o momento. Ele falou com Putin e Zelensky na semana passada e disse que “está na hora de fazer um acordo”, porém sem dar mais detalhes.

O presidente ucraniano pediu a Trump que lhe entregue mísseis Tomahawk, de alto alcance e precisão, mas o líder americano não se comprometeu a fornecer os projéteis. Nesta semana, Trump disse não acreditar que a Ucrânia possa vencer a guerra contra os russos, porém afirmou que “tudo pode acontecer”.

Os Estados Unidos são aliados da Ucrânia e a apoiam militarmente desde a invasão russa em território ucraniano, em fevereiro de 2022, ainda quando Joe Biden era o presidente americano. A Otan também é aliada e fornece armamentos ao Exército de Volodymyr Zelensky.

Apesar de Trump dizer ser amigo de Putin, a Rússia é tratada como inimiga na guerra — o líder americano alterna momentos de críticas e elogios, entre ameaças e afagos ao presidente russo, como estratégia para chegar a uma solução para o conflito.

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