Terça-feira, 23 de dezembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 16 de março de 2023
Após ter dito no começa desta semana que retornaria ao Brasil no dia 29 de março, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi confirmado em um seminário sobre meio ambiente e sustentabilidade que ocorre no dia seguinte (30) na Flórida, nos Estados Unidos. O seminário organizado pela Geoflorestas, uma consultoria ambiental paulista, ocorrerá em uma faculdade particular cristã localizada na cidade de Deerfield Beach.
“Venha participar do seminário sobre Meio Ambiente e Sustentabilidade com a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro”, diz convite para o evento.
Ao longo de seu mandato, Bolsonaro foi criticado por suas ações relacionadas ao meio ambiente, principalmente em relação à Floresta Amazônica. A gestão da área foi marcada por um aumento acentuado nas taxas de desmatamento e medidas que afrouxaram a fiscalização a crimes ambientais.
Nos últimos 12 meses em que o ex-ministro Ricardo Salles permaneceu na pasta, o Brasil teve mais de 13 mil km² de desmatamento na Amazônia, a pior taxa em 15 anos. Salles foi exonerado do cargo em junho de 2021, quando se tornou alvo de uma investigação da Polícia Federal (PF) pela suspeita de ter exportado madeira ilegal aos Estados Unidos e à Europa.
Na Flórida desde dezembro passado, o ex-presidente disse, em encontro com empresários brasileiros, que deveria retornar ao país um dia antes do novo compromisso.
“Eu sempre marco uma data para voltar. A data marcada agora é dia 29 deste mês. Sete dias antes a gente estuda a situação: como está o Brasil, como estão os contatos aqui”, esclareceu Bolsonaro aos apoiadores.
Nos próximos dias, o antigo chefe do Executivo também participará de um evento universitário. Em 22 de março, Bolsonaro estará em um simpósio de negócios e liderança.
“Não deve demorar”
O deputado federal Eduardo Bolsonaro disse que o pai segue “sem data confirmada” para retornar ao Brasil. Na sua avaliação, porém, Jair Bolsonaro “não deve demorar taaaaanto”.
“Se eu fosse ele, daria um giro pelo mundo estreitando relacionamento com lideranças de direita, mas meu pai é muito preocupado, por isso acho que não deve demorar taaaaanto”, afirmou.
O deputado faz parte da ala da família que defende que o pai fique mais tempo no exterior. Essa é a mesma opinião de Michelle Bolsonaro, que está nos Estados Unidos com o marido. A avaliação é que o ex-presidente precisa esperar a “poeira baixar”, movimento que cresceu após o escândalo das joias.
O senador Flávio Bolsonaro chegou a anunciar nas redes sociais que o pai retornaria dia 15, mas logo recuou.
“O Flávio deu uma bola fora, mas meu pai disse que não era data confirmada. Ele é imprevisível. Tenho medo de falar que volta logo ou demora”, afirmou Eduardo .