Domingo, 26 de janeiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 6 de março de 2024
Nesta quinta-feira (7), uma equipe da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre aplicará inseticida em cinco ruas do bairro Restinga (Zona Sul). A operação tem por objetivo conter a infestação do mosquito transmissor da dengue em um dos perímetros urbanos de maior incidência da doença na capital gaúcha ao longo dos últimos meses.
Serão percorridas as vias 7.114, Meridional, Coliseu, Martinica e Baltimore, parcialmente ou em sua totalidade, bem como vias adjacentes. O início do trabalho está marcado para as 9h. Trata-se do primeiro bloqueio químico realizado pela prefeitura contra o Aedes aegypti neste ano.
Porto Alegre acumula desde janeiro 434 confirmações de dengue (dos quais 371 foram contraídos na cidade). No mesmo período do ano passado, eram 49 testes positivos, ou seja, quase dez vezes menos que agora.
Os casos abrangem 78 bairros, com destaque para Restinga, São João, Partenon, Sarandi, Higienópolis, Bom Jesus, Cristal, Passo D’Areia, Centro Histórico e Cavalhada. A boa notícia é que nenhuma dessas ocorrências resultou em óbito.
Em relação à presença do mosquito-vetor, nos últimos dias têm sido constatada a permanência de altos índices de infestação em 43 de 46 bairros monitorados pela Secretaria da Saúde por meio de armadilhas especiais. Esses e outros detalhes são divulgados em ondeestaoaedes.com.br.
Situação no RS
Já o Rio Grande do Sul como um todo registra ao menos 13.137 testes positivos de dengue, dos quais 11.140 são casos autóctones (contraídos dentro do próprio Estado). A doença foi fatal para 14 desses gaúchos, nas cidades de Tenente Portela (3 mortes), Frederico Westphalen (2), Canoas (1), Cerro Largo (1), Cruz Alta (1), Giruá (1),Independência (1),
Lajeado (1), Novo Hamburgo (1), Santa Cruz do Sul (1) e Santa Rosa (1).
A exemplo do que ocorreu em 2023 (não só no Estado), a maioria das mortes tem como vítimas indivíduos idosos (a partir dos 60 anos) e/ou com comorbidades. Ambos os perfis sofrem maior risco de complicações de saúde em caso de contaminação pela picada pelo Aedes aegypti.
Sintomas
– febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias.
– dor retro-orbital (atrás dos olhos).
– dor de cabeça.
– dor no corpo.
– dor nas articulações.
– mal-estar geral.
– náusea.
– vômito.
– diarreia.
– manchas vermelhas na pele (com ou sem coceira).
As autoridades estaduais reforçam a importância de se procurar atendimento nos serviços de saúde assim que surgirem os primeiros sintomas. Com isso, evita-se o agravamento da doença e uma possível evolução para óbito.
Medidas preventivas contra a proliferação do mosquito-vetor também são fundamentais. É o caso da eliminação de focos de água parada, a fim de cortar o ciclo de vida do inseto já na fase de larva. O uso de repelente também é recomendado para maior proteção individual contra a picada.
(Marcello Campos)