Quarta-feira, 08 de outubro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 8 de outubro de 2025
O União Brasil aprovou nesta quarta-feira (8) uma medida cautelar para suspender o ministro do Turismo, Celso Sabino, das atividades do partido. A medida acontece após a decisão de Sabino de não deixar o governo Lula, mesmo com orientação do partido para que isso acontecesse.
A decisão da Executiva Nacional do União Brasil foi comunicada após reunião do partido no diretório de Brasília. Em setembro, o União Brasil deu ultimato e antecipou um movimento de desembarque da Esplanada dos Ministérios. Sabino chegou a anunciar que comunicou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que pediu demissão, mas segue no cargo e tem adiado sucessivamente a saída do governo.
Diante disso, integrantes do União passaram a trabalhar com o cenário de que o comando do Ministério do Turismo não será trocado e deram seguimento para o processo de punição ao ministro dentro do partido.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, integrante da Executiva Nacional da legenda, anunciou que uma possível expulsão de Sabino da legenda será avaliada na reunião de amanhã. A tendência é que haja um indicativo para que o ministro seja expulso, mas o processo que vai levar até a saída oficial ainda precisará passar por outros trâmites, como um prazo para que o próprio ministro se manifeste sobre o caso.
“A postura do ministro é de quinta coluna, de tentar desmoralizar o partido”, afirmou Caiado, que se apresenta como pré-candidato à Presidência. Para se manter no cargo, Sabino chegou a articular uma lista de assinaturas que mostram o apoio da maioria dos deputados da legenda à sua permanência no ministério. Apesar da pressão da legenda, o ministério é considerado importante para parte dos parlamentares que desejam direcionar emendas para suas bases.
“Sigo trabalhando, estamos a 30 dias do início da COP 30, no meu estado, cidade em que nasci e tenho muita coisa a entregar”, afirmou Sabino após a reunião. Uma normativa do União Brasil publicada na semana passada prevê sanção aos quadros que não pedirem exoneração de seus cargos: haverá abertura de processos disciplinares.