Quinta-feira, 18 de abril de 2024

União Europeia debate vacina obrigatória e Estados Unidos falam em novas restrições diante da variante ômicron

Diante do aumento de casos da variante ômicron do coronavírus, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, defendeu, nesta quarta-feira (1º), um debate sobre a obrigatoriedade da vacinação contra a covid-19 em países do bloco. A líder recordou que, até o momento, um terço dos europeus ainda não foi imunizado.

Enquanto isso, nos Estados Unidos, as autoridade de saúde recomendam o reforço das restrições de entrada no país, depois de o primeiro caso da variante ter sido detectado na Califórnia.

Entre as sugestões estão a apresentação de teste negativo de covid-19 realizado até 24 horas antes do voo e o fornecimento às autoridades sanitárias da lista de passageiros que partem de países do sul da África.

“Acredito que é compreensível e apropriado liderar este debate agora, de como podemos estimular e potencialmente pensar na vacinação obrigatória dentro da União Europeia”, declarou Von der Leyen. “Isto precisa ser discutido. Exigem uma abordagem comum, mas é uma discussão que acredito que deve acontecer.”

Ela ressaltou que as iniciativas atuais em vários países do bloco sobre multas a pessoas que resistem à vacinação são exclusivamente decisões autônomas dos governos.

“Não é meu papel dar nenhum tipo de recomendação. Mas há dois ou três anos eu jamais imaginaria ver o que estamos observando agora com esta pandemia horrível”, disse. “Temos as vacinas, que salvam vidas, mas que não estão sendo aplicadas de forma adequada em todas as partes. E o custo é enorme”, destacou.

Segundo, a líder quase 150 milhões de europeus não receberam imunização contra a pandemia de coronavírus.

A variante ômicron, que foi primeiro encontrada por pesquisadores da África do Sul, apresenta um alto número de mutações, o que despertou a preocupação de autoridades mundiais. Dezenas de países já registraram os primeiros casos, incluindo antes mesmo da detecção no país africano.

Ainda não há informações sobre o grau de transmissibilidade da variante ou se ela seria capaz de pular a imunização adquirida pelas vacinas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já disse que pode levar semanas até se ter mais informações, enquanto isso, diversos países já têm anunciado restrições a viajantes vindos de países africanos.

Restrições nos EUA

Ao mesmo tempo, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos planeja endurecer as medidas de entrada ao país devido à variante.

O porta-voz do CDC, Jason McDonald, disse na última terça-feira (30), que a agência considera exigir um teste negativo de covid-19 até 24 horas antes do embarque e a vacinação completa para viajantes. Porém, as mudanças ainda não foram oficialmente anunciadas.

As autoridades da agência pediram às companhias aéreas a lista de passageiros que estiveram em países africanos e voaram para os EUA até o dia 29 de novembro. A lista inclui viajantes de África do Sul, Botsuana, Lesoto, Malawi, Moçambique e Namíbia. As companhias devem fornecer nomes, endereço nos EUA, telefone e informações do voo.

Atualmente, o país exige que viajantes apresentem um teste negativo de RT-PCR de três a cinco dias antes da entrada no país. O CDC também recomenda que pessoas não vacinadas, além do teste negativo, façam isolamento por sete dias antes de circular pelo país.

O presidente dos EUA, Joe Biden, deve anunciar nesta quinta-feira (2), os próximos passos no combate à pandemia. No entanto, o governo não deu detalhes se deve incluir no anúncio um aumento nas exigências para testagens de viajantes.

O CDC registrou nesta quarta o primeiro caso de um viajante com a variante. Segundo informações do The New York Times, o paciente voltou da África do Sul para a Califórnia em 22 de novembro, estava totalmente vacinado e apresenta sintomas leves. Ele está isolado e um rastreamento agressivo de contato está em andamento.

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