Sábado, 04 de outubro de 2025

Universidade de Oxford terá unidade de pesquisa e desenvolvimento científico no Rio

A Universidade de Oxford vai abrir uma unidade no Rio de Janeiro. Será a primeira do prestigiado centro britânico nas Américas e terá como objetivos a produção de pesquisas, desenvolvimento de medicamentos e vacinas e capacitação de pessoal.

Na quarta-feira (3), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, visitou a instituição e assinou um termo de compromisso firmando a parceria entre o ministério e a universidade. A previsão é que seja instalada até o ano que vem.

A parceria entre a universidade e o governo brasileiro foi assinada no dia 27 de outubro pelo ministro da Saúde, em visita realizada à sede da instituição, na Inglaterra.

Na ocasião, Queiroga disse que o termo de compromisso “é um aceno para o futuro, para a formação de pesquisadores que poderão construir um sistema de saúde mais eficiente e mais sólido, com capacidade de atender aos brasileiros com uma qualidade cada vez maior”.

O centro oferecerá bolsas de mestrado, doutorado e cursos em doenças infecciosas, desenvolvimento clínico e vacinologia, como informado pela própria Universidade de Oxford, em seu site. No Brasil, a instituição oferecerá cursos de mestrado, PhD e atualização profissional. O local onde o campus será instalado ainda não foi anunciado.

A direção da nova unidade ficará a cargo da pesquisadora e professora brasileira Sue Ann Clemens, responsável por trazer os estudos da vacina Oxford/AstraZeneca ao Brasil, e diretora do primeiro mestrado em vacinologia do mundo, na Universidade de Siena.

Desde março passado ela vinha em busca de parcerias para a produção e capacitação científica no País:

“Nos últimos tempos, foram formados centros de estudos e é triste perder isso quando a pandemia acabar. Queremos botar o Brasil na rota internacional de pesquisas”, afirma Clemens.

A professora, que capacitou 22 centros na América Latina nesse período, tem a intenção de tornar o Brasil a sede de centros de pesquisas da América Latina.

No entanto, para ela, ainda é preciso investir em educação, preparando melhor os brasileiros para “povoarem esses centros” à medida que a produção de pesquisas crescer. Durante a pandemia foi preciso “treinar pessoal em cima da hora”.

Na parte acadêmica, serão oferecidos cursos de especialização, mestrado e doutorado, focados em realização de pesquisa, vacinologia e doenças infecciosas. Os pesquisadores serão financiados por, pelo menos, três anos.

A nova unidade terá apoio do governo britânico e apoio científico da Universidade de Siena, na Itália, do Institute for Global Health e do Internacional Vaccines Institute.

Clemens, que também é chefe do comitê científico da Fundação Bill e Melinda Gates, segue em busca do apoio privado.

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