Quarta-feira, 08 de outubro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 26 de abril de 2024
Um estudante de 34 anos foi preso após ser filmado agarrando uma colega, de 18, contra a vontade dela no corredor da faculdade, em Rio Verde, no sudoeste de Goiás. Um vídeo da câmera de segurança, divulgado pela TV Anhanguera, mostra o momento em que ele a puxa para uma sala.
Segundo a delegada responsável pelo caso, Taísa Antonello, o suspeito vai responder por importunação sexual. “Ela relatou que eles estavam fazendo um grupo para um trabalho e que ele pediu para ela sair e ir até a cantina com ele, pois queria conversar com ela. No caminho, ele passou a mão na cintura dela e a jogou para dentro de uma sala, onde começou a agarrá-la, passar a mão no corpo dela e tentar beijá-la à força”, explicou a delegada.
A defesa do homem afirmou que não irá se manifestar sobre o caso, em respeito ao devido processo legal e à presunção de inocência – leia nota na íntegra no final do texto. A faculdade não informou quais medidas foram tomadas em relação ao estudante.
A prisão ocorreu na terça-feira (23). Segundo a delegada, a jovem conseguiu se soltar do homem e correr para a diretoria da faculdade, onde contou o que tinha acontecido. Na direção, conforme a delegada, o homem afirmou que a jovem teria “se insinuado”. “Se a mulher está com uma roupa colada, se a mulher está com uma roupa decotada ou sorriu para ele, isso não dá o direito ao homem de tentar agarrar essa mulher”, defendeu a delegada.
Flagrante
O suspeito se dirigiu à delegacia, onde foi preso em flagrante. Veja a nota na íntegra da defesa do suspeito:
“Nós, os advogados Alessandro Gil Moraes Ribeiro e Danilo Marques Borges, vimos por meio desta nota esclarecer que representamos legalmente o investigado no caso de suposta importunação sexual em questão. Como profissionais do direito, reiteramos nosso compromisso com a ética e a defesa dos direitos de nossos clientes.
Entendemos a importância do debate público em torno de questões sensíveis como essa, porém, neste momento, optamos por não nos manifestar sobre os fatos em respeito ao devido processo legal e à presunção de inocência que assiste a todo cidadão sob investigação.
Salientamos que nosso papel como advogados é assegurar que o processo transcorra dentro dos ditames legais, garantindo o direito à ampla defesa e ao contraditório. Ressaltamos ainda que estamos à disposição das autoridades competentes para colaborar com as investigações dentro dos limites éticos e legais.
Reiteramos nosso compromisso com a justiça e com o respeito aos direitos fundamentais de todas as partes envolvidas.
Atenciosamente, Alessandro Gil Moraes Ribeiro e Danilo Marques Borges.”