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Por Redação Rádio Pampa | 18 de outubro de 2021
Os médicos não devem mais iniciar sistematicamente a maioria das pessoas com alto risco de doenças cardíacas em um regime diário de baixas doses de aspirina, de acordo com o novo esboço de diretrizes de um painel de especialistas dos Estados Unidos.
A recomendação proposta se baseia em evidências crescentes de que o risco de efeitos colaterais graves supera em muito o benefício daquilo que já foi considerado uma arma incrivelmente barata na luta contra as doenças cardíacas.
O painel também planeja recuar de sua recomendação de receitar aspirina infantil para a prevenção do câncer colorretal, orientação que foi inovadora na época, em 2016. O painel disse que dados mais recentes levantaram questionamentos sobre os benefícios para o câncer e que mais pesquisas são necessárias.
Sobre o uso de aspirina infantil ou de baixas dosagens de aspirina, a recomendação da Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos Estados Unidos se aplicaria a pessoas com menos de 60 anos que apresentam alto risco de doença cardíaca e para as quais um regime diário de analgésico leve podia ser uma ferramenta para prevenir um primeiro derrame ou ataque cardíaco. As diretrizes propostas não se aplicariam àquelas pessoas que já tomam aspirina ou que já sofreram ataque cardíaco.
As propostas da força-tarefa acompanham anos de mudanças nos conselhos de várias agências federais e organizações médicas importantes, algumas das quais já haviam recomendado a limitação do uso de aspirina em baixas doses como ferramenta preventiva contra derrames e doenças cardíacas.
A aspirina inibe a formação de coágulos sanguíneos que podem bloquear as artérias, mas estudos levantaram preocupações de que a ingestão regular aumenta o risco de sangramento, especialmente no trato digestivo e no cérebro, perigos que aumentam com a idade.