Quarta-feira, 03 de dezembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 3 de dezembro de 2025
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (3) que quem bate em mulher não precisará votar nele em 2026. A declaração ocorreu após uma série de casos de violência de gênero ganhar repercussão nacional nos últimos dias.
“É um compromisso nosso, quero olhar na cara dos companheiros, tenho até coragem de chegar na época da eleição e dizer: o vagabundo que bate na mulher não precisa votar no Lula para presidente da Republica, porque esse voto não pressa”, disse Lula durante a cerimônia de entrega de CNDB (Carteiras Nacionais Docente do Brasil) no Ceará.
O petista disse que atitudes violentas contra mulheres não podem ser consideradas “normais”. Lula afirmou que se posicionará como um “soldado” nesta luta e argumentou que irá liderar um movimento com diálogo entre os Poderes.
No dia anterior, em Recife, Lula disse que a primeira-dama Rosângela Lula da Silva pediu a ele que assumisse a responsabilidade de uma luta mais dura no combate à violência contra a mulher.
“O que está acontecendo na cabeça desse animal, que é tido como espécie animal mais inteligente do planeta terra, para tanta violência? Eu acordei domingo para tomar café e, no café, a Janja começou a chorar. De noite, vendo Fantástico, Janja voltou a chorar. Ontem, voltou a chorar. Hoje, ela pediu no avião: Lula, assuma responsabilidade de uma luta mais dura contra violência do homem contra a mulher”, contou o presidente.
O presidente chamou atenção para três episódios que ganharam repercussão na última semana: “Essa semana, teve um cara que descarregou a pistola contra a mulher. Teve outro que matou a mulher grávida, com três filhos, tacou fogo na casa. Teve outro que atropelou a mulher e arrastou ela um quilômetro. Essa mulher vai sobreviver com as duas pernas amputadas”, lembrou Lula. (Com informações de O Globo)