Segunda-feira, 20 de outubro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 18 de dezembro de 2021
A variante Ômicron do coronavírus deve ser dominante na França no início do mês de janeiro, afirmou o primeiro-ministro do país, Jean Castex. Em entrevista coletiva, ele disse que a nova cepa se propaga à “velocidade de um raio”. “A quinta onda está aqui e está com força total”, ressaltou o político.
Com a proximidade das festas de fim de ano, as autoridades do país alertam para a importância da vacinação e até determinaram regras mais rígidas de circulação, como restrições para viajantes oriundos do Reino Unido, onde 15 mil casos da Ômicron foram confirmados apenas na última sexta-feira (17).
Desde este sábado (18), viajantes a trabalho ou turismo não podem atravessar a fronteira entre o Reino Unido e a França. Para aqueles com justificativas consideradas essenciais, é necessário apresentar um teste negativo para a covid-19 realizado em menos de 24 horas, além de fazer um isolamento de 48 horas.
O governo francês proibiu a realização de shows e queimas de fogos de artifício no réveillon, pediu que a população evite aglomerações e faça reuniões no Natal com um número limitado de familiares.
A campanha de vacinação também tem sido acelerada, com um esforço para administrar o máximo possível de doses de reforço antes das festas. O intervalo entre entre a segunda e a terceira dose também foi reduzido para quatro meses.
O porta-voz do governo, Gabriel Attal, afirmou que França havia detectado 240 casos da Ômicron no país, mas alertou que o número provavelmente era maior. A França vem batendo recordes de casos nas últimas semanas. Desde o fim de novembro, há cerca de 50 mil por dia — com picos de mais de 64 mil.
Holanda
A Holanda entrará em uma nova quarentena total a partir da manhã deste domingo (19) para tentar limitar as infecções por Covid-19 provocadas pela variante Ômicron do coronavírus, anunciou o primeiro-ministro Mark Rutte neste sábado. A medida vai vigorar durante as semanas de Natal e Ano Novo e se prolongar até 14 de janeiro.
Todo o comércio não essencial e atividades culturais, incluindo restaurantes, museus, salões de beleza e academias de ginástica, serão suspensos. As escolas também ficarão fechadas até pelo menos 9 de janeiro. Outras medidas incluem a recomendação de que as famílias não recebam mais do que dois visitantes e que as reuniões também sejam limitadas a um máximo de duas pessoas.
A Holanda já havia decretado uma quarentena parcial de três semanas em meados de novembro, com a antecipação do fechamento do comércio e o estímulo ao trabalho remoto, além da proibição da presença de público em eventos esportivos. Escolas, teatros e cinemas, no entanto, permaneceram abertos.
Desde o final de novembro, quando chegou ao pico de pouco mais de 22 mil casos diários, o número de infecções no país vem caindo, para uma média atual de 15.449 casos por dia. As mortes também haviam caído, de 63 por dia no final de novembro para 52 — nesse caso, o pico ocorreu no início do ano passado, antes da vacinação, quando os óbitos diários passavam de 150.