Por Redação do Jornal O Sul | 25 de dezembro de 2025
Sem aporte de investidores há um ano e meio, o Vasco entra em 2026 ainda na expectativa de vender parte da SAF. O nome que surge nas negociações não é desconhecido, mas representa uma novidade no roteiro recente de possíveis interessados: Marcos Faria Lamacchia, filho de José Lamacchia, marido de Leila Pereira, presidente do Palmeiras.
Aos 47 anos, Marcos mantém vida independente das empresas do pai e de Leila Pereira. Ele é filho de uma das herdeiras do banqueiro Aloysio de Andrade Faria, fundador do banco Real, falecido em 2020. Com perfil discreto e poucas aparições públicas, fundou em 2011 a gestora Blue Star, além de ter atuado como diretor da Crefisa e no banco Alfa, também criado pelo avô.
Apesar de não estar diretamente ligado às empresas da família, Marcos conta com o entusiasmo do pai para avançar nas tratativas com a diretoria de Pedrinho, atual responsável pela SAF vascaína. José Lamacchia acompanha de perto os movimentos do clube desde a retirada do controle da 777 até a homologação da recuperação judicial, ocorrida no último domingo.
Com necessidade urgente de fluxo de caixa, o Vasco deve recorrer novamente a um empréstimo DIP, modalidade destinada a empresas em recuperação judicial, já no início de 2026. A Crefisa, empresa ligada a Lamacchia e Leila Pereira, aparece como candidata natural para fornecer os recursos.
Em 2025, o clube já havia captado R$ 80 milhões por meio desse tipo de operação, com previsão de término justamente em janeiro. Por isso, a venda da SAF é considerada fundamental para garantir estabilidade financeira.
Atualmente, a divisão de ações da SAF vascaína está assim:
* 30% pertencem ao clube associativo
* 31% estão com a 777 Partners, que comprou participação desde 2022
* 39% seguem em disputa na arbitragem
Para negociar a fatia em discussão, será necessário um acordo ou decisão judicial favorável ao Vasco.
