Por Redação do Jornal O Sul | 24 de setembro de 2025
Com o aumento dos casos de câncer de pele e das preocupações com o fotoenvelhecimento, os protetores solares evoluíram. Hoje, muitos produtos vão além do FPS elevado e incorporam ativos que protegem e tratam a pele simultaneamente.
“É o que chamamos de fotoproteção biológica ou fotoproteção osmorregulatória, com a inclusão de substâncias antioxidantes ao protetor solar para evitar os danos oxidativos causados pela radiação ultravioleta. Esses danos são cumulativos e podem gerar manchas, rugas, flacidez, enfraquecimento da barreira cutânea, mutações no DNA celular e até câncer de pele. Aumentar a proteção solar, especialmente para quem não reaplica o produto, é uma das maiores preocupações dermatológicas”, explica a farmacêutica Patrícia França, gestora científica da Biotec Dermocosméticos.
A tendência atual, segundo a especialista em dermatologia Lilian Brasileiro, é que os protetores solares sejam multifuncionais. “Além de proteger a pele contra a radiação UV, muitos produtos possuem ativos que contribuem para hidratação, prevenção do envelhecimento e balanceamento de características individuais da pele, como a oleosidade”, comenta.
A farmacêutica Patrícia França detalha que a fotoproteção biológica se baseia em mecanismos naturais de organismos vivos, como plantas, que protegem o DNA e evitam a oxidação. “Quando essas substâncias são isoladas para cosméticos, chamamos de ativos antioxidantes”, diz.
Um exemplo de inovação é o protetor solar Sunsec Gel Fluid, da marca Ada Tina, disponível nas versões FPS 50 e 80, que combina textura ultraleve com ativos antioxidantes.
“O protetor oferece amplo espectro de proteção por 12 horas, graças à tecnologia Solent, e conta com dipeptídeos colagênicos que estimulam a produção de colágeno, além do Earth Water, com alto poder antioxidante e remineralizante. Também possui Difendiox, que combina 14 antioxidantes naturais para reduzir danos causados por radicais livres, prevenindo manchas, rugas e flacidez”, explica o especialista em cosmetologia Maurizio Pupo, CEO da Ada Tina.
A especialista Lilian Brasileiro destaca a Niacinamida (Vitamina B3) como exemplo de ativo que agora aparece em protetores solares. “Ela regula a produção de sebo, reduz brilho e minimiza poros dilatados. Incorporada ao filtro solar, mantém o equilíbrio natural da pele oleosa e melhora textura e uniformidade do tom”, explica.
Para o tratamento de manchas e melasma, produtos como o Biosole TX FPS 80, da Ada Tina, combinam ácido tranexâmico e niacinamida. “O Biosole TX FPS 80 bloqueia três vezes mais o melasma graças à tecnologia Melative Block e protege a pele por 12 horas sem reaplicação. Sua textura fluida, toque seco prolongado e resistência à água e ao suor tornam o produto adequado para a rotina da pele brasileira”, explica Maurizio Pupo.
Segundo Patrícia França, a combinação de ativos antioxidantes potentes como Alistin, Pro Shield e OTZ 10 potencializa a ação do filtro solar. “Alistin protege a membrana celular, proteínas e DNA; Pro-Shield MDC, extraído do café torrado, protege contra manchas e envelhecimento; e OTZ 10 neutraliza subprodutos tóxicos gerados pela radiação UVA e IRA, protegendo o DNA e combatendo o fotoenvelhecimento”, detalha.
A farmacêutica reforça que esses avanços contribuem para estratégias de cuidados com a pele e prevenção de doenças. “O mais indicado é buscar orientação de um especialista em dermatologia para definir uma rotina de skincare personalizada para cada paciente”, finaliza.
(Com O Globo)
