Quarta-feira, 28 de maio de 2025

Veja o que você precisa saber para viajar de avião com pets

Com a chegada do fim de ano, com festas e férias, a necessidade de transporte aéreo cresce dramaticamente – e quem tem família multiespécie (com pets como filhos) vive um dilema. Onde e como levá-los? É seguro? Quais documentos são necessários? Quanto custa? Se você pensou em voar com seu cachorro ou gato certamente tem as dúvidas acima.

Isso sem falar em quem vai mudar de país, que se faz os seguintes questionamentos: Quais os direitos que possuímos no transporte aéreo? Existe legislação que permite a locomoção deles junto a tutores que dependem psicologicamente dos filhos caninos? Quais cuidados são necessários referente a saúde?

As perguntas referentes a pets no avião crescem 80% nesta época do ano. Abaixo, vamos responder algumas dessas dúvidas, mostrar as melhorias do setor e o mais importante: orientar como os pets devem ser preparados para voar, seja no porão ou na cabine.

Cabine ou porão?

Hoje, as companhias aéreas no Brasil transportam por ano, cada uma, cerca de 80 mil pets entre a cabine e o porão, sendo que a maioria vai dentro da aeronave. Apenas cães e gatos são permitidos a bordo. Para voos nacionais, você precisa do laudo do médico veterinário atestando que o pet esteja com boa saúde e sem nenhuma doença contagiosa (válido por 10 dias) e com a vacina da raiva em dia.

Nas viagens internacionais, microchip, vacina da raiva, que deve ser dada antes de 45 dias para os Estados Unidos, 90 para a Europa e 6 meses para o Japão (alguns países também pedem a sorologia). A Austrália e a Nova Zelândia proíbem animais vindos do Brasil e os Estados Unidos não aceitam visto de turista, apenas de residente.

Há duas formas de voar: na cabine ou no porão. Dentro da aeronave, há limitação de peso que varia entre as companhias aéreas. Na Gol é permitido para animais até 10 quilos (R$ 250 por trecho nacional e R$ 1.000 por internacional). Na LATAM e na Azul, o peso permitido é até 7 quilos. A Azul cobra R$ 250 por voo nacional e U$/EUR 150 por internacional; na LATAM, o custo é de R$ 200 por nacional e U$ 250 por internacional). Lembrando que o peso da caixinha de transporte, que é chamada de kennel, deve ser considerada na conta final.

Em todos os casos (seja na cabine ou no porão), o pet vai dentro da caixa e não pode sair dela. Na cabine, a caixa ou bolsa de transporte vai embaixo da poltrona da frente.

As companhias aéreas têm a obrigação de orientar os passageiros sobre como transportar seus pets, que começa muito antes da hora do embarque: a adaptação à caixa de transporte é um dos pontos mais importantes para serem levados em consideração.

Como contratar

O Pet na Cabine pela GOL é contratado durante a seleção de voo e tem um campo para colocar o nome do pet. Na LATAM e Azul é feito por telefone, achei burocrático e pouco amigável, passa a sensação de não sermos esperados.

Pet no porão em análise

A empresária e veterinária Juliana Stephani da empresa PETFriendly Turismo, que assessora passageiros que precisam transportar seus pets no avião (R$ 850 para voos nacionais e R$ 5.545 para voos internacionais), já fez 700 embarques em quatro anos de empresa. Segundo ela, transportar o animal no porão não causa risco à saúde do pet, pois a pressão é igual à da cabine e a temperatura varia de 10 a 23 graus.

“O que mata o animal é o estresse. As companhias aéreas necessitam passar segurança para os passageiros, mandar informações de como o animal está antes, durante e depois da viagem, ele precisa ser rastreado”, opina.

Como fazer a adaptação do pet à caixa

Sejamos honestos e realistas: o seu pet não vai gostar da caixa rapidamente. O treino deve começar em casa alguns meses antes do embarque. E, de preferência, com ele ainda filhote.

Atribua a caixa a algo prazeroso. Para isso, coloque dentro dela petiscos, ossos e brinquedos interativos. Ensine brincadeiras na parte interna e mostre que ela não representa confinamento. Outro truque é colocar peças de roupa dele, para associar a familiaridade e conforto.

O médico veterinário especializado em comportamento animal Felipe Siqueira, da Klug Pet, aconselha: “Há caixas que podem ser abertas no meio. Comece com elas e vá fechando aos poucos. Depois que a caixa não é mais um lugar assustador, evolua para o som das turbinas. No YouTube é possível encontrar o barulho do avião decolando – aumente gradativamente o volume e sempre atribua o ruído a petiscos, brincadeiras e carinho”.

Precisa de caixa na cabine?

Mesmo para o animal que viaja na cabine, o pet não poderá sair da caixa em momento algum e ela deverá ser acomodada debaixo da poltrona da frente. Em um voo longo, essa situação pode ser bem incômoda para o pet, e seu tutor passará o tempo todo preocupado.

“As exigências que as companhias aéreas usam hoje para o tamanho das caixas é absurdo e não é compatível com o tamanho do animal, pois em pé nenhum tem 24 centímetros de altura”, pontua Stephani.

Dá para notar que o problema do pet dentro da caixa, seja no porão ou cabine, cai no tema estresse. A médica veterinária, comportamentalista e socióloga Juliana Gil, da Pisco Vet, esclarece: “O estresse é normal na vida de um animal. O problema é quando isso se torna traumático ou crônico”.

Segundo ela, do ponto fisiológico, o estresse em um pet não levaria ele à morte, como pode acontecer com uma pessoa, por mal súbito cardiovascular. “Porém, essa situação irá alterar os hormônios neurotransmissores no organismo, o que pode ser um grande problema se o animal tiver uma doença crônica. Outro problema é a resposta comportamental ao medo, que pode ser fatal.

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