Quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Veja seis alimentos que ajudam a controlar o colesterol no sangue

Por anos, as estatinas têm sido a base do tratamento para reduzir o colesterol e prevenir complicações graves, como infartos, AVCs e doenças neurodegenerativas. Os medicamentos atuam bloqueando uma enzima responsável pela produção de colesterol no fígado.

Embora exercícios regulares e uma dieta equilibrada ajudem no controle dos níveis de gordura no sangue, essas medidas não são suficientes para todos. “Trinta por cento vem da dieta, e muitas pessoas têm esse colesterol produzido geneticamente no fígado”, explica o cardiologista argentino Jorge Tartaglione, em entrevista ao jornal La Nación.

Desinformação médica

Tartaglione também alerta para a disseminação de notícias falsas sobre tratamentos. “Quase 50% das notícias médicas são falsas. Não há dúvida de que os medicamentos para colesterol são bons e salvam vidas”, afirma. Segundo ele, boatos sobre efeitos colaterais exagerados — como dores incapacitantes — afastam pacientes de terapias essenciais. “Estou preocupado que muitas dessas postagens sejam de médicos. Por que eles fazem isso?”, questiona.

O cardiologista lembra que, como qualquer medicamento, as estatinas podem provocar efeitos adversos, mas a incidência é baixa. “Em 1% dos casos, causam dores musculares”, diz.

Níveis ideais

O especialista detalha as metas recomendadas para o colesterol LDL, o chamado “colesterol ruim”:

• Pessoas saudáveis: abaixo de 116 mg/dL
• Fumantes, hipertensos ou diabéticos: abaixo de 100 mg/dL — idealmente, 70 mg/dL
• Pacientes com histórico de doença cardíaca: abaixo de 50 mg/dL

Alimentação adequada

Para complementar o tratamento, especialistas recomendam priorizar alimentos de origem vegetal, ricos em fibras — substância que ajuda a eliminar toxinas e reduzir a absorção de gorduras. Segundo relatório da Universidade de Harvard, a recomendação diária de fibras varia entre 20 e 30 gramas.

Entre os alimentos mais indicados estão grãos integrais, verduras de folhas verdes, vegetais crucíferos, leguminosas, oleaginosas e frutas.

Dados da 4ª Pesquisa Nacional de Fatores de Risco mostram que cerca de 40% dos argentinos acima de 18 anos têm colesterol elevado. A cardiologista Analía Aquieri, do Hospital de Clínicas da Universidade de Buenos Aires, reforça a importância do diagnóstico precoce. “Como geralmente não há sintomas imediatos, as diretrizes sugerem um primeiro controle entre 6 e 11 anos, e outro entre 17 e 21”, afirma.

Pacientes com histórico familiar de doenças hereditárias ou problemas cardiovasculares precoces devem realizar exames com maior frequência. Conforme o risco individual, recomenda-se reavaliação a cada três anos até os 40 anos e, depois disso, anualmente.

Riscos elevados

Entre as complicações associadas ao colesterol LDL alto estão:

• Aterosclerose, que pode obstruir artérias e causar infarto ou AVC
• Doença arterial coronariana, que provoca angina e falta de ar
• Acidente vascular cerebral, com sintomas como dormência e dificuldade de fala
• Doença arterial periférica, que causa dor nas pernas ao caminhar
• Xantomas, manchas amareladas ao redor dos olhos decorrentes do acúmulo de gordura

A combinação de alimentação saudável, atividade física e, quando necessário, tratamento medicamentoso segue sendo a estratégia mais eficaz para controlar o colesterol e reduzir o risco cardiovascular.

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