Por Redação do Jornal O Sul | 6 de fevereiro de 2024
A venda de veículos em janeiro de 2024 aumentou 13,17% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Segundo dados dos órgãos de trânsito, divulgados nesta terça-feira (6) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos (Fenabrave), no primeiro mês do ano foram emplacados 161,1 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus.
De acordo com o presidente da Fenabrave, Andreta Jr, “houve melhora no ambiente do varejo” no início do ano. No caso dos automóveis e comerciais leves, o dirigente aponta a “influência positiva” do maior acesso ao crédito. Com isso, aumentou o movimento de pessoas físicas nas lojas.
O varejo representou 60% das vendas em janeiro, acima do registrado nos meses anteriores. Em 2023, as vendas diretas, para locadoras, sobretudo, representaram em torno de 50% dos emplacamentos de carros novos.
Com volume de 7,6 mil unidades, os carros híbridos registraram aumento de 104,64% em relação a janeiro de 2023. No caso dos 100% elétricos, o licenciamento em todo o país alcançou 4,3 mil unidades, 476,4% acima do volume em janeiro do ano passado. Muitas marcas mantiveram preços antes do repasse da elevação do Imposto de importação, o que ajudou a atrair o consumidor.
Já o ritmo de vendas de caminhões e ônibus continua fraco, como resultado, ainda, da antecipação e compras em 2022, antes de os preços subirem por conta dos novos equipamentos de redução de emissões. As vendas de caminhões em janeiro caíram 21,7 % na comparação com o mesmo mês do ano passado. O volume de ônibus ficou 28,19% abaixo.
Emplacamentos
Os emplacamentos de veículos tiveram o melhor resultado para o mês de janeiro desde 2015. Isso é o que aponta um levantamento da Fenabrave. Segundo a entidade, no primeiro mês de 2024, foram emplacadas 322.505 unidades, considerando todos os segmentos automotivos, maior volume dos últimos 9 anos. O mês, que sofre bastante influência da sazonalidade de início de ano, vinha registrando volumes médios de pouco mais de 266 mil unidades, no período entre 2016 e 2023.
“Apesar de estarmos distantes do nosso pico histórico para janeiro, que foi no ano de 2014, quando emplacamos 446 mil unidades, este é um bom resultado, ainda mais ao considerarmos os números dos últimos anos”, analisa Andreta Jr, para quem “de modo geral, há uma melhora no ambiente do varejo da distribuição de veículos, com evolução dos índices de emprego, quedas seguidas nos juros oficiais e, principalmente, por conta de um fluxo maior de crédito em diversos segmentos”, completa.
Já na comparação com o mês de dezembro, todo o setor sofreu quedas nos emplacamentos, à exceção de motos, que manteve movimento ascendente nas vendas. O presidente da Fenabrave lembra que a queda nos volumes, em relação a dezembro de 2023, é justificada pela sazonalidade, que registra maior índice de emplacamentos e que o ano deve ser de crescimento para o setor.
“Os primeiros meses do ano concentram algumas despesas que afetam a decisão de compra dos consumidores, como as aquisições de material escolar, pagamentos de IPVA, IPTU e matrículas escolares, entre outros gastos sazonais, mas acreditamos, conforme divulgado em nossa projeção, em um crescimento de 13,5% para este ano”, afirma.
