Quarta-feira, 30 de julho de 2025

Vendas para o Dia dos Pais no Estado devem apresentar alta modesta, aponta a Fecomércio -RS

Diferentemente de agosto do ano passado, quando havia um forte impulso contextual para o aumento da comercialização no varejo gaúcho, o movimento esperado para as vendas do Dia dos Pais neste ano deve ter um desempenho contido na comparação com 2024, aponta a Fecomércio-RS (Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul).

“O Dia dos Pais foi a primeira data realizada no ano passado em contexto de menos anormalidade em função das enchentes. A injeção expressiva de renda na economia gaúcha e o impulso da reconstrução resultaram em crescimentos expressivos das vendas do varejo à época. Neste ano, por mais que tenhamos um quadro positivo e melhor que o ano passado do mercado de trabalho, não teremos o mesmo impulso. O movimento, que será importante para o varejo, deve resultar, em relação às vendas de 2024, em elevação modesta e heterogênea entre segmentos”, avaliou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.

Mesmo com uma base de comparação bastante elevada em função do contexto pós-tragédia, a entidade destaca o efeito positivo sobre a capacidade de consumo das famílias do quadro mais positivo do mercado de trabalho em relação ao ano passado. A análise também pontua a inflação menor na Região Metropolitana de Porto Alegre do que na média do Brasil nos últimos 12 meses.

Segmentos movimentados   

Embora não tenha o mesmo peso de datas como o Natal ou Dia das Mães, o Dia dos Pais movimenta significativamente o varejo especializado. Além de vestuário e calçados, outros segmentos também são beneficiados, como perfumaria, cuidados pessoais, itens esportivos, ferramentas, equipamentos de escritório, informática, comunicação, alimentos e bebidas.

Entre os itens presenteáveis disponíveis no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e mensurados na Região Metropolitana de Porto Alegre, a variação de preços no acumulado em 12 meses até junho de 2025 foi de 0,40% em bermudas e shorts masculinos, 2,59% em sapatos masculinos, 0,68% nos agasalhos masculinos, 4,23% nos preços das calças compridas masculinas e 4,40% nos preços dos tênis – todas abaixo da inflação média da região no período. Por outro lado, o IPCA indica variação de 5,68% nos preços das camisas/camisetas masculinas, 8,41% nos valores de sandálias/chinelos, 7,24% nos preços dos relógios de pulso e 8,79% nos valores dos perfumes.

Endividamento e inadimplência  

A avaliação da Fecomécdio-RS aponta ainda que as condições de endividamento e inadimplência apresentaram melhora ante 2024, conforme indicam os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor.

Em junho de 2024, o levantamento apontava para 89,2% das famílias endividadas no RS, com 34,2% em situação de inadimplência. Em junho deste ano, a pesquisa indicava 84,4% das famílias endividadas e 25,8% como inadimplentes. Vale destacar, porém, que quando se avalia o volume de crédito em situação de inadimplência, houve um aumento significativo no último ano: em maio de 2024, a inadimplência era de 2,61%, já em maio de 2025 foi para 3,36%.

Pondera-se como aspecto negativo ao desempenho das vendas o recuo no Índice de Intenção de Consumo das Famílias (53,3 pontos em junho de 2025 contra 59,7 em junho de 2024) e a taxa de juros mais elevada (15% ao ano em junho de 2025 ante 10,5% ao ano no mesmo mês de 2024).

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