Quinta-feira, 11 de dezembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 11 de dezembro de 2025
Os fortes ventos que atingiram São Paulo na quarta-feira (10) seguem provocando cancelamentos e atrasos de voos pelo Brasil nesta quinta-feira (11). Ao todo foram 408 voos cancelados no País.
O Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, e o Aeroporto de Congonhas, na capital paulista, já somam 344 voos cancelados entre quarta e a manhã desta quinta, após vendaval histórico. Só nesta quinta, foram 100 voos nesta situação.
As rajadas de vento que afetaram o sistema aéreo paulista chegaram a 98 km/h, segundo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Como consequência, diversos aeroportos em outros Estados sofreram com atrasos e cancelamentos.
A Defesa Civil afirma que os ventos fortes foram efeitos do ciclone extratropical que se formou no Sul do Brasil e também impactou a capital paulista e região metropolitana.
O Procon-SP informou por meio de nota que enviou equipes para verificar as reclamações de consumidores afetados, como cancelamento e superlotação.
“Para o consumidor que teve seu voo cancelado e não recebeu a assistência material obrigatória – como hospedagem, alimentação ou uma reacomodação satisfatória – o procedimento recomendado envolve a imediata documentação e formalização da reclamação”, explicou o órgão de defesa do consumidor.
A recomendação é guardar todo e qualquer comprovante: o bilhete aéreo, o cartão de embarque, e-mails de comunicação da empresa e, se possível, a declaração de contingência emitida no guichê.
Caso a empresa não ofereça alimentação ou hospedagem, o consumidor deve custear o necessário e guardar as notas fiscais e recibos. Com estes comprovantes deve registrar uma reclamação formal, nos canais de atendimento da própria companhia aérea (anotando o protocolo) e, caso a solução seja insatisfatória, registrar a ocorrência no Procon-SP e também na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
“A reclamação nos órgãos de defesa é importante para tentar mediar a situação e, se necessário, embasar uma futura ação judicial por danos morais e materiais”, complementa o Procon paulista.
Entre os direitos daqueles que embarcariam em voos afetados pelo mau tempo e estão fora do município onde moram estão:
* informação prévia do cancelamento do voo nos canais de atendimento disponíveis das companhias aéreas;
* viajar, tendo prioridade no próximo embarque da companhia aérea com o mesmo destino;
* ser direcionado para outra companhia, sem custo;
* receber de volta a quantia paga ou, ainda,
* hospedar-se em hotel por conta da empresa.
* Se o consumidor estiver na cidade em que mora, a empresa poderá oferecer apenas o transporte para a sua residência e desta para o aeroporto.
Os impactos também foram sentidos na capital gaúcha. Ao menos 15 voos que chegariam ou partiriam do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, foram cancelados. Conforme a Fraport, administradora do aeroporto da cidade, oito partidas e sete chegadas foram afetadas. O impasse gerou longas filas.