Sábado, 18 de outubro de 2025

Venezuela reforça presença militar na fronteira com a Colômbia em meio à mobilização dos Estados Unidos

A Venezuela reforçou nessa quinta-feira (16), sua presença militar em estados fronteiriços com a Colômbia, em meio a exercícios realizados em resposta à mobilização das forças dos Estados Unidos no Mar do Caribe. Desde agosto, o governo do presidente Donald Trump mantém uma operação “antidrogas” com sete navios de guerra nas proximidades da costa venezuelana.

Trump acusa o governo do ditador Nicolás Maduro de ter ligações com o narcotráfico e anunciou na quarta-feira (15), que autorizou a CIA a realizar operações contra a Venezuela. Caracas classifica a presença americana como uma “ameaça” e uma tentativa de mudança de regime. Em resposta, Maduro ordenou exercícios militares com milhares de soldados em diferentes regiões do país.

Nos estados de Táchira e Amazonas, fronteiriços com a Colômbia e o Brasil, respectivamente, as autoridades anunciaram patrulhas e operações de controle em passagens terrestres.

Em Táchira, onde estão as três principais pontes que ligam a Venezuela à Colômbia, 17 mil militares foram enviados à Ponte Internacional Simón Bolívar, que conecta San Antonio (Venezuela) às cidades colombianas de Cúcuta e Villa del Rosario, informou o general Michell Valladares, comandante da Zona Operacional de Defesa Integral (Zodi).

“O estado andino foi parcialmente fechado e a ordem interna em San Cristóbal foi assegurada”, disse o militar em comunicado à imprensa.

No estado de Amazonas, tropas foram distribuídas para proteger empresas estratégicas e serviços básicos, segundo o general Lionel Sojo, chefe da Zodi local. A ação tem como objetivo “elevar o nível de prontidão operacional” e integrar a população à defesa territorial, afirmou o comandante.

A Venezuela também mobilizou forças em regiões costeiras, como Nueva Esparta, Sucre e Delta Amacuro, próximas a Trinidad e Tobago.

Desde o início da operação americana, os EUA atacaram pelo menos cinco embarcações de supostos “narcoterroristas”, com 27 mortos, segundo dados divulgados pela imprensa local. A polícia de Trinidad e Tobago investiga se dois cidadãos do país estavam entre as vítimas de uma das embarcações atingidas.

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