Segunda-feira, 22 de dezembro de 2025

Vice-chanceler da Ucrânia diz que o Brasil pode ajudar a deter a agressão russa

O vice-ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Melnyk, declarou nessa quarta-feira (10) que o Brasil pode ajudar a “deter a agressão russa”, ao propor um plano para a paz na região. Responsável por assuntos como a cooperação entre o governo de seu país e líder das Américas, Melnyk se reuniu em Kiev com o assessor para assuntos internacionais do Palácio do Planalto, Celso Amorim.

“O Brasil pode desempenhar um papel importante para deter a agressão russa e alcançar uma paz duradoura e justa. Também nos esforçamos para revigorar uma parceria estratégica”, escreveu o vice-chanceler ucraniano em uma rede social.

Ucrânia e Rússia estão em guerra há mais de um ano. Amorim foi a Kiev, como enviado especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a convite do governo local. O representante brasileiro também se reuniu com o presidente Volodymyr Zelensky.

Chanceler nos dois primeiros mandatos do presidente Lula (2003-2010), Amorim esteve em Moscou no início do mês passado. Lá ele se encontrou com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que na ocasião pediu que ele transmitisse ao líder brasileiro um convite para visitar a Rússia.

Em seguida, ainda em abril, o ministro de negócios estrangeiros russo, Sergey Lavrov, esteve em Brasília e foi recebido por Lula. Após se reunir com o chanceler Mauro Vieira, Lavrov fez uma declaração polêmica: disse que Brasil e Rússia tinham visões comuns sobre o mundo.

Proposta de Lula

De acordo com um interlocutor com conhecimento do assunto, existe a expectativa de Zelensky esteja aberto a ouvir a proposta de paz de Lula. Mas o presidente ucraniano poderá insistir para que o Brasil forneça à Ucrânia munições para abater drones iranianos lançados pelos russos em áreas estratégicas, como instalações energéticas.

Também estava nos planos dos ucranianos levar Celso Amorim a áreas atingidas pelos ataques da Rússia. A ideia é sensibilizar o governo brasileiro — que condenou a invasão da Ucrânia pela Rússia, mas se posicionou contra sanções econômicas contra Moscou.

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