Quinta-feira, 28 de março de 2024

Vice-governador detalha estratégias do RS Seguro em eventos dos 180 anos da Polícia Civil, na Serra Gaúcha

As estratégias nas reduções de criminalidade nos últimos dois anos no Estado foram o destaque de dois eventos na Serra Gaúcha nesta quarta-feira (1º), dentro da programação dos 180 anos da Polícia Civil, que se completam nesta sexta-feira (03).

O programa RS Seguro e seus impactos na queda dos homicídios foram tema de palestras do vice-governador e secretário da Segurança, delegado Ranolfo Vieira Júnior, na 55ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Chefes de Polícia e no 2º Encontro Nacional dos Diretores de Departamentos de Homicídios.

O primeiro evento, no Hotel Laghetto Stilo Vita, em Gramado, reúne todos os chefes de Polícia e delegados-gerais dos 26 Estados e do Distrito Federal. Ranolfo detalhou a construção do RS Seguro, desde o seu lançamento em fevereiro de 2019 até a evolução para o formato atual, com a priorização de 23 municípios para o monitoramento intensivo de quatro indicadores: CLVI (crimes violentos letais intencionais), roubo de veículos, roubo a pedestre e um índice escolhido pelas autoridades locais, conforme as especificidades de cada cidade.

“Nossos pilares do RS Seguro, conhecidos como os três ‘is’: integração, investimento qualificado e inteligência são fundamentais para o sucesso das ações de Segurança Pública em qualquer contexto. Aqui, a partir de dados científicos, verificamos onde o crime mais se faz presente para, levando em conta essas premissas, agir com o foco na territorialidade, tanto no eixo principal, de combate ao crime, quanto nas políticas de prevenção”, disse Ranolfo.

O vice-governador destacou ainda a recente conquista obtida pelo RS Seguro, por meio do sistema utilizado pela Gestão de Estatística em Segurança, que venceu o prêmio Gartner Eyes on Innovation Awards For Government 2021, promovido pela maior instituição global de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e tido entre especialistas no ramo como o mais importante reconhecimento de iniciativas da área aplicadas à gestão pública no mundo.

A partir do trabalho de ciência de dados, a plataforma de análise tecnológica, que já opera em versão beta, automatiza cálculos e fornece relatórios em padrões visuais para acelerar e aprimorar a leitura dos dados de ocorrências, o que qualifica o acompanhamento de foco territorial adotado pelo RS Seguro para monitorar os indicadores criminais e traçar as estratégias de prevenção e repressão.

Ranolfo detalhou ainda os investimentos anunciados pelo Avançar na Segurança, no total de R$ 280,3 milhões para as instituições vinculadas à SSP (Secretaria da Segurança Pública) – o maior montante destinado de uma só vez, exclusivamente com recursos do Tesouro do Estado, para as forças de segurança em toda a história do Rio Grande do Sul. Para a Polícia Civil, serão R$ 85,8 milhões a serem aplicados na aquisição de tecnologias e equipamentos (R$ 36,7 milhões), veículos (R$ 35,1 milhões) e obras (R$ 14 milhões).

“Não há como se falar em avanço da Segurança Pública sem que faça investimentos. Desde o final de 2019, tomamos como decisão de governo só adquirir, dali para frente, viaturas semiblindadas. Mesmo que se tenha um pequeno acréscimo de custo, isso representa mais segurança para os homens e mulheres que eles lá na ponta protegendo a população. E esse investimento histórico do Avançar chega agora para darmos mais um importante passo no incremento de capacidade das nossas forças”, comentou Ranolfo.

A queda recorde nos indicadores, com os menores índices da década em crimes como ataques a banco, roubo de veículos, homicídios e latrocínios. Incluídos os feminicídios, os primeiros dois anos da atual gestão, com a implantação do RS Seguro, resultaram na preservação de 1.343 vidas – foram 600 mortes a menos no primeiro ano (de 2018 para 2019) e 743 no segundo (de 2019 para 2020).

Na sequência, Ranolfo apresentou os dados aos participantes do 2º Encontro Nacional de Diretores de DHPPs. Além das informações detalhadas no evento anterior, o vice-governador acrescentou uma síntese do estudo sobre as taxas de homicídios no Brasil e no Rio Grande do Sul até 2017, que orientou a construção do RS seguro.

Naquele ano, a taxa de mortes no país era de 30,6 assassinatos para cada 100 mil habitantes no país e de 28,6 no Rio Grande do Sul – nos dois casos, 30 vezes acima do patamar da Europa. No Estado, com as ações do RS Seguro, a taxa de homicídios caiu para 14,8 homicídios a cada 100 mil habitantes, a menor marca desde 2010.

“Segurança é primordial e, por isso, prioridade do nosso governo. Nenhum empreendedor, em qualquer lugar do Brasil ou mundo, vai buscar investir em um local onde tenha receio de que seu negócio vai sofrer prejuízos em razão da criminalidade. Aqui no RS não é diferente. Por isso, esses resultados que temos alcançado trazem também um impacto positivo do ponto de vista econômico, pois temos conseguido proporcionar um Estado mais seguro para se viver e empreender”, afirmou o vice-governador.

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