Terça-feira, 21 de outubro de 2025

Vice-presidente Geraldo Alckmin classifica como “inconcebível” ataque contra civis que aguardavam ajuda humanitária na Faixa de Gaza

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, repudiou, na noite de sexta-feira (1º), o ataque de soldados israelenses contra palestinos que aguardavam por ajuda humanitária na Faixa de Gaza na quinta-feira (29), resultando em mais de 100 mortes. Alckmin afirmou que a ação é “inconcebível”.

“Fiquei absolutamente chocado com a notícia do ataque contra civis palestinos na Faixa de Gaza, perpetrado por forças militares israelenses, que vitimou dezenas de pessoas e feriu outras centenas. Obstar o acesso de indivíduos à ajuda humanitária é inconcebível sob qualquer perspectiva, e abrir fogo contra civis viola os preceitos mais básicos de humanidade”, escreveu Alckmin nas redes sociais.

Fazendo coro ao presidente Luiz Inácio Lula da Siva, ele realizou um apelo à comunidade internacional por um cessar-fogo imediato. “Lutar pela paz, como defende o presidente Lula, não é mais uma opção, mas um imperativo ético que deve orientar todos os esforços da comunidade internacional neste momento. É preciso dar o primeiro passo no caminho da paz: cessar-fogo imediato, libertação dos reféns e entrada de assistência humanitária”, afirmou.

Antes, Lula propôs que a Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos) faça uma moção à ONU (Organização das Nações Unidas) pelo fim imediato das mortes de palestinos na Faixa de Gaza em meio à guerra entre Israel e o Hamas. O petista discursou durante a reunião de cúpula da Celac, em Kingstown, em São Vicente de Granadinas.

“A tragédia humanitária em Gaza requer de todos nós a capacidade de dizer um basta para a punição coletiva que o governo de Israel impõe ao povo palestino. As pessoas estão morrendo na fila para obter comida. A indiferença da comunidade internacional é chocante”, disse Lula.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou na sexta-feira planos para um lançamento aéreo militar de alimentos e suprimentos em Gaza.

Israel

As Forças Armadas de Israel alegaram que as vítimas morreram esmagadas ou pisoteadas na multidão, que cercou o comboio de ajuda humanitária. O porta-voz do Exército do país, Daniel Hagari, afirmou ter havido “disparos” por parte dos soldados, mas negou que os tiros tenham sido um ataque à população.

Em pronunciamento, Hagari alegou que os soldados “cautelosamente tentaram dispersar a multidão com alguns tiros de advertência feitos para cima” após notaram que palestinos “começaram a empurrar violentamente e pisotear outras pessoas até a morte, saqueando os itens de ajuda humanitária”.

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