Sexta-feira, 05 de setembro de 2025

Vinte e seis países se comprometeram a apoiar Ucrânia após cessar-fogo com a Rússia, afirma Macron

O presidente francês Emmanuel Macron anunciou nesta quinta-feira, 4, que 26 países se comprometeram a apoiar militarmente a Ucrânia em caso de cessar-fogo com a Rússia, com o objetivo de dissuadir Moscou de voltar a atacar o país. O consenso foi alcançado após uma reunião da Coalizão de Voluntários, que reúne cerca de 30 países aliados de Kiev.

Apesar do acordo, os Estados Unidos, que participaram da reunião, não deram garantias de contribuição, considerada indispensável pela maioria dos líderes europeus.

“[Os Estados] se comprometeram a enviar tropas para a Ucrânia ou estar presentes em terra, mar ou ar”, disse o presidente francês.

Segundo o acordo, cujos detalhes e contribuições por país Macron se recusou a revelar, no dia em que o conflito cessar, as garantias de segurança serão implementadas. Macron acrescentou que não se trata de “fazer guerra contra a Rússia”, mas de dissuadi-la de voltar a atacar a Ucrânia no futuro.

Entre os países que concordaram em fornecer as garantias de segurança, estão Itália, Alemanha e Polônia. Anteriormente, os três países, que fazem parte da Otan, haviam expressado reservas sobre um compromisso de segurança. Eles condicionaram essas garantias a uma “rede de segurança” que seria liderada pela Casa Branca.

Após a reunião, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, reiterou que o compromisso não inclui o envio de tropas italianas à Ucrânia.

A Alemanha, por sua vez, planeja contribuir para o reforço da defesa antiaérea da Ucrânia e para o equipamento de suas forças terrestres, disseram autoridades do governo.

Apoio americano

Após a cúpula, o apoio americano foi o tema central de uma videoconferência dos líderes com o presidente Donald Trump, da qual também participou seu enviado especial, Steve Witkoff, presente no palácio do Eliseu. Nenhuma declaração foi feita a respeito.

O porta-voz do governo alemão afirmou que, durante a reunião, Trump foi comunicado sobre a expectativa de contribuir com a Ucrânia de maneira substancia. O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, reiterou que conta com o apoio dos EUA.

Macron, por sua vez, afirmou que o apoio americano às garantias de segurança será finalizado nos “próximos dias” e que Washington havia sido “muito claro” sobre sua participação. “Não há nenhuma dúvida a esse respeito”, insistiu.

A cúpula, que ocorreu no palácio presidencial francês e por videoconferência, foi uma oportunidade para os europeus reafirmarem a disposição para pressionar a Rússia a negociar o fim da guerra.

Ao término da reunião, Emmanuel Macron garantiu que os europeus imporiam novas sanções em colaboração com os EUA se Moscou continuar rejeitando a paz. Ele também mencionou um “trabalho conjunto” com Washington, que incluiria medidas punitivas contra países “que apoiam” a economia russa ou ajudam a Rússia a “contornar as sanções”. “Nesse sentido, mencionou-se a China”, acrescentou Macron, sem dar mais detalhes.

Os europeus têm reivindicado as sanções americanas há meses, mas até agora não tiveram sucesso.

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