Segunda-feira, 17 de novembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 17 de novembro de 2025
O Palácio do Planalto acompanhou a recondução do Paulo Gonet ao comando da Procuradoria-Geral da República não exatamente por receio de rejeição ao nome do PGR, mas para aferir a temperatura em uma eventual indicação ao substituto de Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF). Nome em alta para a sucessão é o do ministro Jorge Messias, o “Bessias”, da Advocacia-Geral da União (AGU). O resultado não foi bom. Gonet perdeu votos entre os senadores.
Sinal amarelo
No plenário do Senado a queda foi de 30%. Gonet somou 45 a 26. Em 2023, o PGR consegui 65 votos. O mínimo são 41 para aprovação.
CCJ arisca
Na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), também houve estragos. O PGR caiu dos 23 votos (2023) para 17 na última sabatina.
Pacheco escanteado
Lula pretende retomar essa pauta nos próximos dias. Deve receber o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e o senador Rodrigo Pacheco.
Ainda tem isso
Lula prefere Messias, mas teme que a indicação azede negociações com os EUA. O AGU entrou com ações judiciais contra o tarifaço.
Metade das ‘bets’ é ilegal e fatura até R$40 bilhões
Continua ilegal metade do mercado de apostas no Brasil, 51% do total, e fatura entre R$26 e R$40 bilhões por ano. Essas “bets” ilegais, que nem sequer têm CNPJ, sonegam ao menos R$10,8 bilhões em impostos, segundo dados do Ministério da Fazenda citados em estudo da LCA Consultoria para o Instituto Brasileiro de Jogo Responsável. Apesar disso, em vez de regularizar ou fechar “bets” ilegais, o governo Lula (PT) planeja aumentar a carga tributária daquelas que já pagam impostos.
Carga pesada
Bets legais pagam bem mais que os 12% que têm sido alegados. Na verdade, diz o IBJR, a carga tributária chega a 24,5%.
Custo do desleixo oficial
O governo abre mão de cerca de R$1 bilhão de receita para cada 5 pontos percentuais de participação dos ilegais no mercado de apostas.
Parecem a mesma coisa
Pesquisa do Instituto Locomotiva aponta que 8 em cada 10 brasileiros não conseguem distinguir entre plataformas de apostas legais e ilegais.
Na marra
Tentando ter algum controle sobre a pauta da Câmara, o presidente Hugo Motta (Rep) suspendeu a reunião de líderes. Diz que a proposta a ser votada na Casa é uma só: o projeto antifacção. A ver.
Pernas trêmulas
O deputado Hugo Motta ainda não se reuniu com o presidente do Senado sobre o projeto antifacção. Tem falado com senadores no varejo. Parece ter medo também de Davi Alcolumbre.
Bombou
Movimentou as redes sociais publicação de Gustavo Gayer (PL-GO) com um organograma da família Lula da Silva. O deputado instou seguidores a lembrarem “dos crimes de cada um dos filhos do Lula”. Fez sucesso.
Ministro nota 10
Rende elogios a discrição do ministro André Mendonça (STF), com decisões firmes e técnicas, como destaca Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). “Fidelidade absoluta à Constituição”, destaca o deputado.
Libera aí
Até o pescoço com o escândalo do INSS, Antonio Camilo Antunes pediu ao Supremo que desbloqueia parte de seu dinheiro. Diz o Careca do INSS que vai usar a grana para pagar dívidas trabalhistas.
Façanhas
Para Kim Kataguiri (União-SP), os protestos de indígenas na COP30 expuseram ao mundo o abismo entre o discurso oficial e a realidade ignorada pelo governo Lula: “O Brasil está insatisfeito” diz o deputado.
Vaias para Boulos
Guilherme Boulos (Secretaria-Geral) foi muito vaiado na COP-30, e logo de movimentos sociais com os quais deveria dialogar. O motivo da vaia é injusto: o extremista agora defende exploração de petróleo na Amazônia.
Tá fora
A condição revelada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para disputar o Senado é que o projeto da anistia avance no Congresso e que Jair Bolsonaro seja elegível. Ou seja, não deve ser candidato.
Pensando bem…
…a desconhecida agência dirigida por Paulo Capelli está mais para agência de marketing do que de desenvolvimento.
PODER SEM PUDOR
Claque do eu sozinha
Em Brasília, a então deputada Janete Capiberibe (PSB-AP) insistiu muito para discursar, em ato por verbas do Fundeb para creches. Os organizadores acabaram cedendo à pressão, apesar do cansaço das crianças presentes. Mas estranharam que cada frase de Janete era saudada por gritinhos isolados de uma fã. Como a tiete exibia um crachá, que esqueceu de esconder, as pessoas se aproximaram para tentar identificá-la. Era uma assessora da própria deputada.
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
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