Domingo, 03 de agosto de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 3 de agosto de 2025
O vulcão Kracheninnikov, localizado na península russa de Kamchatka, entrou em erupção pela primeira vez em mais de 450 anos, poucos dias após o terremoto que abalou a mesma região no extremo leste do país, informaram as autoridades.
O Kracheninnikov, com mais de 1.800 metros de altura, emitiu uma coluna de cinzas que atingiu 6 mil metros, informou o escritório local do Ministério de Situações de Emergência.
“A nuvem se estendeu para o leste, na direção do Oceano Pacífico”, afirmou o ministério. As autoridades informaram que não há zonas habitadas nem grupos de turistas na trajetória das cinzas.
A península de Kamchatka, que tem quase 30 vulcões ativos, é uma das regiões sísmicas mais ativas do planeta, no ponto de encontro entre as placas tectônicas do Pacífico e da América do Norte.
O território praticamente desabitado recebe viajantes que desejam explorar suas paisagens montanhosas e parques naturais repletos de ursos e salmões.
Segundo o Programa Global de Vulcanismo do Instituto Smithsonian, a erupção anterior do Kracheninnikov havia sido registrada em 1550.
A erupção aconteceu depois que o vulcão Kliuchevskoi, o maior da região da Eurásia, entrou em erupção na mesma região na quarta-feira.
Os fenômenos ocorreram após um dos terremotos mais fortes já registrados, que abalou a região na quarta-feira e provocou alerta de tsunami e ordens de evacuação em todo o Pacífico, do Japão até o Havaí, México, Colômbia ou Equador.
Os danos mais graves foram registrados na Rússia, onde o tsunami devastou o porto de Severo-Kurilsk e uma área de pesca, segundo as autoridades.
O terremoto, de magnitude 8,8, foi o mais forte registrado desde 2011, quando um tremor de 9,1 graus abalou as costas do Japão e provocou um tsunami que deixou 15 mil mortos.