Sábado, 20 de setembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 20 de setembro de 2025
O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, disse neste sábado (20) que se reunirá com presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na próxima semana, à margem da Assembleia Geral da ONU, em Nova York.
Em conversa com um grupo de jornalistas, Zelenski disse que pretende discutir com Trump as garantias de segurança em caso de um eventual acordo de paz com a Rússia, além das sanções contra Moscou, que a Ucrânia tem solicitado reiteradamente aos Estados Unidos.
No mês passado, durante reunião entre Trump, Zelenski e outros líderes europeus, houve discussões frequentes sobre “garantias de segurança” para que a Rússia não invada novamente a Ucrânia.
O primeiro-ministro britânico Keir Starmer falou sobre a criação de uma força que ficaria estacionada na Ucrânia após um cessar-fogo ou acordo de paz. Mas ninguém detalhou publicamente como seria esse Exército.
Um conceito é uma “força de manutenção da paz” completa, presumivelmente armada, que complementaria as Forças Armadas ucranianas. Ela seria implementada apenas para fins defensivos, mas a ideia seria dissuadir a Rússia, fazendo com que o Kremlin pensasse seriamente antes de entrar em conflito com soldados de países membros da Otan. O problema é que, para ser uma dissuasão confiável, isso exigiria milhares de soldados.
Uma segunda possibilidade é uma força “armadilha” — bem menor. Não seria capaz de montar uma defesa sólida, mas a teoria é que os russos hesitariam em arriscar matar europeus não ucranianos em qualquer tentativa de invasão retomada. Essa, no entanto, é uma teoria não testada — e uma grande aposta.
Uma terceira possibilidade seria criar uma “força de observação”. Poderia ser pequena, com algumas centenas de soldados. Eles estariam lá essencialmente para reportar uma ação militar iminente. Mas essa função poderia ser cumprida com satélites e câmeras terrestres, e a força não seria grande o suficiente para montar qualquer tipo de defesa.