Quinta-feira, 25 de abril de 2024

A espera por atendimentos de ortopedia diminuiu praticamente pela metade em Porto Alegre, nos últimos oito meses, pelo Sistema Único de Saúde

A espera por atendimentos de ortopedia reduziu praticamente pela metade em Porto Alegre, nos últimos oito meses, pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Em janeiro deste ano, havia 26.335 solicitações no sistema informatizado de regulação da Secretaria Municipal de Saúde (Gercon/SMS). Já em setembro, o número caiu para 13.494 – uma redução de quase 50%.

Segundo o secretário municipal de saúde, Erno Harzheim, as estratégias aplicadas para reduzir a fila passaram por qualificação da regulação. “A pedido do prefeito Marchezan, aplicamos soluções sistêmicas que tragam redução da fila de espera e impeçam que as filas voltem. Não adianta fazer um esforço coletivo reduzir ou zerar a fila em um momento e depois ela retornar, por isso apresentamos ações na rede como um todo com aumento de oferta de consultas especializadas e o uso da telemedicina”, afirma Harzheim.

As estratégias adotadas no sentido de tentar reduzir a espera incluem ações internas e concomitantes de regulação da fila, ampliação do atendimento com teleconsultorias do Telessaúde/RS e aumento da oferta de primeiras consultas. “Promovemos o equilíbrio entre o número de solicitações e a oferta de consultas de ortopedia”, comenta a coordenadora de Regulação Ambulatorial da SMS, Fabiane Mastalir.

O incremento da oferta e a regulação das solicitações possibilitaram reclassificar a prioridade dos casos em fila de espera. A primeira ampliação de oferta ocorreu em janeiro, com 396 novas consultas ao mês oferecidas no Hospital Independência. A segunda aconteceu em setembro, com 260 consultas mensais do Hospital Restinga Extremo Sul. “A oferta que tínhamos praticamente dobrou: de 590 consultas mensais em 2017, passamos para aproximadamente 1,2 mil consultas disponíveis em outubro de 2018”, diz Fabiane.

“Com ações integradas de telessaúde, qualificação da solicitação e apoio às unidades de saúde para identificar a real necessidade dos pacientes, conseguimos atualizar as informações e avaliar a prioridade da maioria dos casos, qualificando a regulação”, afirma o coordenador-geral de Regulação da SMS, Jorge Osório. Segundo ele, foi possível priorizar casos de maior gravidade e urgência e não ficar apenas com uma espera cronológica e desatualizada das solicitações em fila, reduzindo muito o tempo de espera. Atualmente, todos os casos reclassificados e regulados com prioridade vermelha ou laranja conseguem consultar um ortopedista em menos de 30 dias.

Em média, são solicitadas cerca de 900 novas consultas de ortopedia por mês na Capital. Da oferta total, 45% é destinada a usuários de outros municípios gaúchos, regulada pela central estadual, e 55% é para moradores de Porto Alegre.

Porto Alegre zera fila para consultas de dermatologia

A Prefeitura de Porto Alegre zerou a fila de espera por consultas dermatológicas – de 5.830 em janeiro de 2017 para zero em novembro. O número de encaminhamentos caiu de 1.183 para 714 por mês. O paciente mais antigo estava na lista de espera desde julho de 2016. Hoje, os atendimentos são realizados em menos de 30 dias, sendo considerados sem demanda reprimida. “Telemedicina resolve um antigo dilema da medicina: associa maior acesso à qualidade e baixo custo”, salienta Harzheim.

Teleoftalmologia atende mais de 2,7 mil pacientes em um ano

O serviço de teleoftalmologia atendeu 2.721 pacientes no Hospital da Restinga Extremo-Sul, de julho de 2017 a junho deste ano, o que corresponde a 46,13% dos atendimentos do TeleOftalmo – Olhar Gaúcho, com resolutividade de 66%. Em 12 meses de funcionamento, foram entregues óculos para 690 pacientes residentes em Porto Alegre. A expectativa é que nos próximos meses se obtenha uma redução significativa na fila de espera por consultas oftalmológicas com a ampliação do projeto, em parceria com o Hospital Moinhos de Vento, Secretaria Estadual de Saúde e Universidade Federal do Rio Grande do Sul, através do TelessaúdeRS-Ufrgs.

Como funciona

O médico do posto de saúde envia a solicitação via plataforma de telessaúde (www.plataformatelessaude.ufrgs.br), e a equipe do TelessaúdeRS-Ufrgs efetua o agendamento com o paciente. O exame é realizado remotamente pelos oftalmologistas do projeto, com apoio presencial da equipe de enfermagem. O laudo é enviado pela plataforma de telessaúde para o médico solicitante, com recomendações de conduta. Diante da necessidade de lentes corretivas, os óculos são fornecidos sem custo ao paciente, confeccionados por ótica contratada pelo projeto por tomada de preços.

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