Sexta-feira, 29 de março de 2024

Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, é demitido por Bolsonaro

Em meio à pandemia do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro demitiu, nesta quinta-feira (16), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

“Acabo de ouvir do presidente Jair Bolsonaro o aviso da minha demissão do Ministério da Saúde. Quero agradecer a oportunidade que me foi dada, de ser gerente do nosso SUS, de pôr de pé o projeto de melhoria da saúde dos brasileiros e de planejar o enfrentamento da pandemia do coronavírus, o grande desafio que o nosso sistema de saúde está por enfrentar”, escreveu Mandetta nas redes sociais ao comunicar a sua saída do cargo.

“Agradeço a toda a equipe que esteve comigo no Ministério da Saúde e desejo êxito ao meu sucessor no cargo de ministro da Saúde. Rogo a Deus e a Nossa Senhora Aparecida que abençoem muito o nosso País”, prosseguiu.

Ex-deputado federal, Mandetta estava à frente da pasta desde o início do governo, em janeiro de 2019, e ganhou maior visibilidade com a crise provocada pelo novo coronavírus.

Na tarde desta quinta, Mandetta foi chamado ao Planalto para a última reunião com Bolsonaro. Antes, o médico já havia declarado que seria demitido da pasta ainda nesta semana. Ele e o presidente têm discordâncias em relação ao isolamento social para combater a Covid-19.

Bolsonaro convidou o médico oncologista Nelson Teich para assumir o lugar de Mandetta.

Despedida

Após o anúncio da demissão, Luiz Henrique Mandetta concedeu entrevista coletiva no auditório do Ministério da Saúde para falar sobre a sua saída do cargo. Ele elogiou a equipe, citando diversos secretários, coordenadores e assessores. Ressaltou que a atuação da sua gestão contribuiu para achatar a curva de contágio da pandemia de covid-19 no País, evitando uma subida íngreme.

Mandetta pediu aos servidores e gestores que auxiliem no novo comando da pasta, defendendo uma transição “tranquila”, como afirmou na entrevista coletiva de quarta-feira (15). “Minha última ordem [é] para que vocês possam fazer o melhor”, recomendou, ao acrescentar que deve ser mantida a defesa “intransigente” do SUS (Sistema Único de Saúde) e da ciência.

Ele alertou para a importância de continuar o cuidado para evitar a disseminação do vírus e defendeu que o mais importante é seguir as orientações dos gestores locais de saúde, como secretarias municipais e estaduais de Saúde. “Não pensem que não estamos livres de um pico de ascensão desta doença. O sistema de saúde ainda não está preparado para uma marcha acelerada. Sigam as orientações das pessoas mais próximas que estão em contato com o sistema de saúde, que são os prefeitos e governadores”, destacou.

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