Sexta-feira, 29 de março de 2024

MST realiza protesto contra paralisação da reforma agrária em Porto Alegre

Cerca de 600 trabalhadores ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizam protesto contra a paralisação da reforma agrária nesta terça-feira (16). A manifestação teve início às 7h na 11ª Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e deve seguir até o final do dia.

A partir das 13h, indígenas e integrantes do Movimento irão realizar uma marcha pelas ruas do centro de Porto Alegre para denunciar a paralisia da Reforma Agrária e o avanço da mineração no estado, além de protestar contra a Reforma da Previdência do governo Bolsonaro. Às 14h, haverá uma aula pública com o professor Paulo Brack, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) na Praça da Matriz, sobre a defesa dos territórios e os impactos da mineração no estado. Segundo o MST, a ação não prejudicará o trabalho dos servidores e o atendimento ao público.

O protesto no Incra é contra a decisão do governo Bolsonaro de desmontar iniciativas que, segundo o MST, contribuem para o desenvolvimento social, produtivo e econômico dos assentamentos, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e a assistência técnica. A manifestação também denuncia a falta de infraestrutura, que dificulta o acesso a estradas e água potável, além de reivindicar o assentamento das famílias que estão acampadas. No Rio Grande do Sul, há cerca de 2 mil famílias cadastradas no Incra. No Brasil, são 150 mil que ainda aguardam para serem assentadas.

A mobilização tem alusão ao 17 de abril, que é considerado o Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária e Dia Internacional de Lutas Camponesas. A data denuncia o Massacre de Eldorado dos Carajás, que deixou 21 trabalhadores sem terra mortos em 1996 no Pará. Durante esta semana, diversas ações serão realizadas em todo o país em memória às vítimas através da Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária.

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