Sexta-feira, 17 de maio de 2024

Ações da mineradora Vale: queda no governo Lula e negociação dos papéis

Ao assumir o terceiro mandato como Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva deparou com a mineradora Vale do Rio Doce avaliada em quase R$ 370 bilhões. Contudo, até o dia 8 de março, o valor de mercado da empresa havia decaído para pouco menos de R$ 300 bilhões, marcando uma expressiva redução.

As ações da Vale, que haviam fechado o ano de 2022 cotadas a R$ 88,88, viram seu valor cair para R$ 65,90 ao final do pregão da B3 no dia 8 de março, resultando em uma desvalorização aproximada de 25% durante o período.

Como o mercado financeiro impacta o valor da Vale

Um instrumento financeiro como o CFD trading (Contratos por Diferença) é uma modalidade de investimento que permite aos traders investir na movimentação dos preços de ativos, sem a necessidade de possuí-los fisicamente. Esse método pode ser aplicado a uma ampla gama de ativos, desde grandes empresas de tecnologia até ações de valor, incluindo as da mineradora Vale.

Ao negociar CFDs de ações da Vale, os investidores acabam impactando as movimentações de preço das ações dessa gigante da mineração, tanto em movimentos ascendentes quanto descendentes do mercado.

Governo Lula não consegue colocar ex-ministro Guido Mantega na presidência da Vale

Embora a Vale não seja uma empresa estatal, destaca-se que seu maior acionista individual é a Previ, o fundo de previdência dos empregados do Banco do Brasil, detendo 8,7% das cotas. A Previ, por sua vez, tem metade de seu conselho nomeado pelo Banco do Brasil, garantindo assim uma influência significativa do governo tanto no fundo quanto na própria mineradora.

Neste ano, a Vale enfrentou uma perda significativa em seu valor de mercado, com um prejuízo que se aproxima dos R$ 50 bilhões. Essa desvalorização ocorre em um momento de mudança na liderança da empresa, marcada por uma tentativa ainda sem sucesso do governo Lula de nomear o ex-ministro Guido Mantega como presidente da mineradora.

Foto: Unsplash

No dia 8 de março, em uma reviravolta, o conselho da Vale optou por manter Eduardo Bartolomeo no cargo de CEO até dezembro de 2024, estendendo seu contrato que originalmente terminaria em maio deste ano. Após esse período, ele deixará suas funções na Vale, mas não se desligará completamente da empresa, permanecendo como consultor até o final de dezembro de 2025.

A necessidade de uma solução surgiu depois de uma reunião extraordinária do conselho, na qual se observou uma divisão: seis membros apoiaram a recondução de Bartolomeo, outros seis defenderam a iniciação de um processo para encontrar um sucessor, e um membro optou pela abstenção.

Diante desse cenário, a Vale anunciou que adotará um processo de seleção conduzido por uma firma de recrutamento externa para indicar um novo CEO, priorizando candidatos que atendam às qualificações e perfil desejados para a posição.

Conclusão

Em suma, no terceiro mandato de Lula, a Vale enfrenta uma desvalorização significativa, perdendo quase R$ 70 bilhões em valor de mercado em um contexto de influência governamental e tentativas de mudança na liderança.

Esse cenário reflete os desafios e a complexidade das relações entre política, economia e o mercado financeiro, exemplificando as dinâmicas que impactam grandes empresas brasileiras como a Vale.

 

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