Sábado, 25 de janeiro de 2025

Agência da ONU alerta que comida e água estão acabando rapidamente em Gaza

Suprimentos essenciais como comida e água potável estão quase acabando na Faixa de Gaza, afirmou o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA) nesta quinta-feira (12).

“É uma situação terrível na Faixa de Gaza, na qual os estoques de alimentos e água estão entrando em estado crítico”, disse Brian Lander, vice-chefe de emergências do PMA, com sede em Roma.

Israel impôs um bloqueio total ao território na última segunda-feira (9), dois dias após o grupo Hamas atacar o país, iniciando um conflito que já deixou mais de 2.800 mortos até o momento.

O Estado israelense afirmou que a região ficará sem energia, água e comida até a libertação dos cerca de 150 reféns levados pelo Hamas após o ataque de sábado.

A agência alimentar de emergência da ONU pediu a criação de corredores humanitários para levar alimentos para Gaza.

“O PMA está na Faixa de Gaza e está respondendo com o fornecimento de alimentos a milhares de pessoas que procuraram abrigo em escolas e em outros locais do território. Mas vamos ficar sem comida muito em breve”, disse Lander à Reuters.

Conforme a ONU, das mais de 2 milhões de pessoas que moram no território, 340 mil tiveram que sair de suas casas desde o início dos ataques.

“Vimos vários locais que são considerados humanitários, ou clínicas e escolas que foram atingidas pelos ataques. Por isso, mais uma vez, apelamos às partes no conflito para que cumpram as suas obrigações conforme o Direito Internacional Humanitário (DIH)”, disse Lander.

Além de alimentos e água, Israel impede a entrada de combustível e eletricidade. Todos os pontos de passagem para fora do território também foram fechados.

“As pessoas que procuram abrigo e se esforçam para sobreviver neste ambiente só vão entrar em situações cada vez piores com o passar do tempo”, afirmou Brian Lander.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (IRCRC) informou que o combustível para os geradores hospitalares em Gaza acabariam em breve, acrescentando que os seus estoques de ajuda e medicamentos ficaram retidos por falta de passagem segura.

“Sem eletricidade, os hospitais correm o risco de se transformarem em necrotérios”, afirmou o diretor regional do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), Fabrizio Carboni.

O comitê pediu que seja permitido que os hospitais recebam combustível, mas Israel descartou esta possibilidade, a menos que os reféns capturados pelo Hamas sejam libertados.

De acordo com a BBC, o Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa) destacou a preocupação com as quase 50 mil grávidas que vivem em Gaza e estão sem acesso a serviços essenciais de saúde ou mesmo água potável. E que 5.500 delas devem dar à luz no mês que vem.

 

 

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