Terça-feira, 03 de dezembro de 2024

Alemanha volta atrás e mantém isolamento obrigatórios para pacientes com covid

A Alemanha voltou atrás e decidiu não encerrar o isolamento obrigatório para a maioria das pessoas que pegar covid, anunciou o ministro da Saúde nesta quarta-feira (6), mudando de estratégia após preocupações de que o afrouxamento das restrições poderia sugerir que a pandemia havia terminado.

“O coronavírus não é um resfriado. É por isso que se deve continuar o isolamento após uma infecção”, postou o ministro da Saúde, Karl Lauterbach, no Twitter, acrescentando que cometeu um erro ao sugerir o fim da quarentena obrigatória.

De acordo com as regras atuais, as pessoas com covid devem se isolar por pelo menos sete dias. Lauterbach sugeriu na semana passada uma mudança para um período voluntário de cinco dias de autoisolamento com a recomendação de um teste de covid no final desse período.

Lauterbach disse que fez a proposta para tentar aliviar a carga sobre as autoridades de saúde que precisam cumprir quarentena e isolamento, mas reconheceu nesta quarta-feira que enviou o sinal errado de que a pandemia acabou e o perigo passou.

“Esse não é o caso”, disse ele em entrevista coletiva, pontuando que mais de 300 pessoas ainda estão morrendo por dia.

As pessoas que tiveram contato com uma pessoa infectada não serão mais obrigadas a ficar em quarentena a partir de 1º de maio, embora ainda sejam fortemente incentivadas a fazê-lo.

As infecções diárias caíram nos últimos dias, com 214.985 novos casos nesta quarta-feira, cerca de 20% a menos do que há uma semana. Isso levou o total de casos desde o início da pandemia a mais de 22 milhões, com 130.708 mortes.

Lauterbach foi criticado pela reversão da política, mas disse que não renunciaria.

O governo também está sob pressão por não conseguir chegar a um consenso entre os partidos sobre a obrigatoriedade da vacinação.

Lauterbach disse esperar que o Parlamento aprove na quinta-feira uma legislação que obrigará os maiores de 60 anos a serem vacinados até 1º de outubro, deixando em aberto se as vacinas ainda podem ser obrigatórias para os mais jovens em uma data posterior.

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