Segunda-feira, 20 de maio de 2024

Alimentos e remédios impulsionam aumento de 0,38% na inflação de abril

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do País, mostra que os preços subiram 0,38% em abril, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O aumento dos preços no mês passado foi puxado, principalmente, pelos produtos farmacêuticos e alimentos. O grupo de Saúde e cuidados pessoais foi o que apresentou a maior alta, de 1,16%, enquanto Alimentação e bebidas subiu 0,70%.

A inflação brasileira voltou a acelerar em relação ao mês anterior. Os preços haviam subido 0,16% março. No entanto, esse é o menor percentual para abril desde 2021. No mesmo mês do ano passado, o IPCA havia subido 0,61%.

Com os resultados, o IPCA acumula 3,69% em 12 meses. No ano, a alta é de 1,80%.

A inflação de abril veio acima das expectativas do mercado financeiro, que esperavam uma alta menos acentuada, de 0,35%.

Entre os nove principais grupos de produtos e serviços medidos pelo IPCA, sete apresentaram alta em abril.

De acordo com André Almeida, gerente da pesquisa do IBGE, os maiores vilões da inflação no mês passado foram os medicamentos, alimentos e a gasolina. Em contrapartida, a passagem aérea foi destaque entre as quedas.

Veja o resultado dos grupos do IPCA: Alimentação e bebidas: 0,70%; Habitação: -0,01%; Artigos de residência: -0,26%; Vestuário: 0,55%; Transportes: 0,14%; Saúde e cuidados pessoais: 1,16%; Despesas pessoais: 0,10%; Educação: 0,05%; e Comunicação: 0,48%.

Medicamentos e alimentos

Os produtos farmacêuticos foram os que apresentaram a maior alta dentro do grupo de Saúde e cuidados pessoais: um avanço de 2,84% nos preços, correspondendo a um peso de 0,10 ponto percentual na alta geral do grupo.

Essa alta é sazonal, e pode ser explicada pelos reajustes de até 4,50% nos preços dos medicamentos, válidos a partir de 31 de março.

Entre os medicamentos, as maiores altas vieram das classes de do antidiabético (4,19%), de anti-infeccioso e antibiótico (3,49%) e de hipotensor e hipocolesterolêmico (3,34%).

Os alimentos também voltaram a pesar sobre a inflação de abril. A Alimentação no domicílio teve alta de 0,81% (contra 0,59% em março), enquanto a Alimentação fora do domicílio avançou 0,39% (versus 0,35% no mês anterior).

Entre os alimentos in natura que tiveram as maiores altas de preços, destaque para o mamão, que subiu 22,76%, para a cebola, com 15,63%, para o tomate, com 14,09%, e o café moído, com 3,08%.

Já na Alimentação fora do domicílio, o subitem lanche teve uma desaceleração em abril, caindo de 0,66% para 0,44%. Por outro lado, a refeição avançou 0,34%, contra alta de 0,09% em março.

No grupo de Transportes (0,14%), o subgrupo de combustíveis teve alta importante, de 1,74% em abril. O gás veicular foi o único a apresentar deflação, com queda de 0,51%. O etanol (4,56%), óleo diesel (0,32%) e a gasolina (1,50%) subiram. A gasolina, inclusive, foi o subitem com o maior impacto no IPCA de abril, com força de 0,8 ponto percentual no índice geral.

Por outro lado, os preços da passagem aérea despencaram 12,09%, o que ajudou a amenizar a alta do grupo de Transportes.

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