Apenas cinco de 92 blocos para exploração de petróleo e gás natural no Brasil são arrematados em leilão

Apenas cinco dos 92 blocos ofertados para exploração de petróleo e gás natural foram arrematados, nesta quinta-feira (07), no leilão da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

Entre as áreas que não receberam propostas, estão os lotes próximos a Fernando de Noronha (PE). Nesses locais, segundo ambientalistas, a exploração oferece riscos à fauna marinha.

Os 92 blocos exploratórios ofertados estavam distribuídos em 11 setores das bacias de Campos, Pelotas, Potiguar e Santos. Nove empresas se inscreveram para participar da disputa, mas apenas duas fizeram ofertas. Apesar de inscrita, a Petrobras não fez nenhuma proposta.

Foram arrematados dois blocos do setor SS-AP4, na Bacia de Santos, e três blocos no setor SS-AUP4, também na Bacia de Santos. Os blocos das outras três bacias ofertados não atraíram investidores.

O leilão teve uma arrecadação de R$ 37 milhões em bônus de assinatura, com investimentos previstos da ordem de R$ 136 milhões. Essa foi a 17ª Rodada de Licitações da ANP, prevista para acontecer no ano passado, mas adiada em razão da pandemia da Covid-19. A última rodada foi realizada em outubro de 2019 e terminou com apenas 12 blocos arrematados entre os 36 ofertados, mas com recorde de arrecadação: R$ 8,915 bilhões em bônus de assinatura.

Segundo a ANP, os blocos que não foram arrematados serão incluídos na Oferta Permanente, que consiste na disponibilidade contínua de campos ofertados em licitações anteriores que não foram arrematados ou, então, que foram devolvidos à agência.