Sábado, 08 de novembro de 2025

Apenas um em cada quatro pacientes com covid se recupera totalmente após um ano, mostra estudo

Apenas um em cada quatro pacientes internados por covid-19 ficou totalmente recuperado após um ano, segundo um estudo britânico publicado neste domingo (24), que aponta que ser do sexo feminino ou obeso aumenta o risco de manutenção de problemas de saúde.

Este estudo, apresentado no Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas em Lisboa e publicado na revista The Lancet Respiratory Medicine, utilizou dados de pacientes adultos de 39 hospitais do National Health Service (NHS) do Reino Unido, entre 7 de março de 2020 e 18 de abril de 2021.

A recuperação foi avaliada pelos resultados de diferentes exames em 2.320 pacientes cinco meses após a alta hospitalar e em 33% deles um ano depois.

Os pesquisadores coletaram principalmente amostras de sangue na visita de cinco meses para testar a presença de várias proteínas inflamatórias.

O estudo constatou que a proporção de adultos que se recuperaram totalmente não mudou significativamente entre cinco meses (25,5%) e um ano (28,9%) após a alta hospitalar.

Ser do sexo feminino, obeso e ter recebido ventilação mecânica no hospital foram associados a uma menor probabilidade de se sentir totalmente recuperado em um ano, acrescenta a pesquisa.

Entre os sintomas mais frequentes da chamada “covid longa” estão cansaço, dores musculares, desaceleração física, falta de sono e falta de ar.

Vacina da Covishield

Quando o assunto é vacinação contra a covid-19, relatórios mostram que boa parte do mundo ainda está longe dos índices esperados. Haiti e Jamaica, por exemplo, ainda não têm 30% da população imunizada com duas doses e nosso vizinho Paraguai não chegou à marca dos 50%, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

Mesmo assim, o maior produtor de vacinas do planeta, o Instituto Serum da Índia, interrompeu a fabricação de imunizantes contra a covid-19 por falta de demanda. A vacina em questão é a Covishield, versão local da vacina da AstraZeneca. A decisão foi anunciada na semana passada.

O Instituto Serum é o maior fornecedor da Covax Facility, o programa global que abastece países pobres com doses de imunizante. Ao todo, a gigante indiana já produziu mais de 1 bilhão de doses da Covishield.

“Temos 200 milhões de doses em estoque”, informou o CEO da companhia, Adar Poonawalla. “Paramos a produção em dezembro. Até sugeri que sejam doadas para quem quiser levá-las”, disse ele em um fórum econômico organizado pelo grupo Times Network. “Não sei o que fazer com o produto. Por isso, tive que dizer para pararem de produzir. Se não, vão passar do prazo de validade”.

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