Quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Após delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, governistas tentarão convocar para depor ex-comandante das Forças Armadas na CPMI

Parlamentares governistas definiram uma lista com ao menos seis personagens que pedirão para serem convocados a depor na CPMI do 8 de Janeiro, após a revelação de que Jair Bolsonaro teria discutido com a cúpula das Forças Armadas um golpe para evitar a posse de Lula.

Conforme revelado pelos colunistas Bela Megale e Aguirre Talento, a discussão foi relatada pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, na delação premiada que o militar fechou com a Polícia Federal.

Um dos personagens que os governistas querem convocar na CPMI é o almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha no governo Bolsonaro. Segundo a delação de Cid, Santos teria concordado em ceder suas tropas, caso Bolsonaro tentasse anular as eleições de 2022.

Outro personagem da lista dos governistas é Filipe Martins, ex-assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência. Segundo reportagem, Martins teria apresentado a Bolsonaro a minuta do decreto de golpe, que previa o cancelamento das eleições e prisão de opositores.

A lista dos seis nomes tem ainda os nomes do policial militar Antônio Aginaldo, marido da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP); de Tércio Arnaud Tomaz, um dos cabeças do chamado “gabinete do ódio”; e dos empresários Meyer Nigri e Enric Juvenal.

Confira a lista de convocações: Antônio Aginaldo, marido de Carla Zambelli; Tercio Arnaud, ex-assessor de Bolsonaro; Meyer Nigri, empresário; Enric Juvenal, pecuarista; Almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha; Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro.

Segundo parlamentares da base governista, a ideia é tentar votar os seis requerimentos de convocação nesta semana. A decisão de pautar os pedidos, entretanto, cabe ao presidente da CPMI, o deputado federal Arthur Maia (União Brasil-BA).

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