Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 27 de setembro de 2021
O presidente Jair Bolsonaro, a primeira-dama, Michelle, e mais quatro ministros que viajaram com a comitiva presidencial a Nova York (EUA) testaram negativo para covid-19 e estão dispensados do isolamento social de cinco dias recomendado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O resultado do exame libera o presidente a cumprir agenda comemorativa em razão dos 1000 dias de mandato em meio a mais uma crise no governo.
Nesta terça-feira (28), Bolsonaro deve celebrar a data com a inauguração de trecho de 10 quilômetros de asfalto na Bahia. Além disso, estão previstas a liberação de títulos do Incra e a entrega de equipamentos para um centro de iniciação ao esporte chamado de Estação Cidadania.
Três membros da comitiva foram diagnosticados com a doença. Entre os infectados, estavam o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. O cardiologista cumpre quarentena em Nova Iorque, onde mudou de hotel na ultima sexta (24). O primeiro a ser diagnosticado foi um diplomata do alto escalão que não teve a identidade revelada.
Além dos três, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o advogado-geral da União, Bruno Bianco, também estão com covid-19.
Na última quarta (22), o governo anunciou que 50 pessoas que integraram a comitiva estavam isoladas depois de terem contato com Queiroga. Segundo o Palácio do Planalto, Bolsonaro não apresentava sintomas e iria permanecer no Palácio do Alvorada por cinco dias, contados desde o último contato com Queiroga, na terça (21).
Em uma postura que destoa de grandes líderes mundiais, o presidente diz não estar vacinado contra a covid-19 e costuma colocar em xeque a eficácia e a segurança dos imunizantes, amplamente testados. Bolsonaro, que faz parte de grupo de risco por idade, poderia ter recebido a primeira dose há quase seis meses, em 3 de abril, quando o Distrito Federal liberou a vacinação para pessoas de 66 anos.
Já a primeira-dama, Michelle, afirmou que se vacinou nos Estados Unidos, durante a viagem, após receber a oferta de um médico americano, mas já poderia ter recebido a primeira dose em Brasília desde julho. A medida foi vista como “absurdo” e “desprezo” ao Sistema Único de Saúde (SUS) por políticos e infectologistas.