Sábado, 15 de novembro de 2025

Balneário Camboriú quer conter avanço do mar após erosão marítima engolir 70 metros de areia em praia alargada

Uma obra licitada pela prefeitura de Balneário Camboriú, no Litoral Norte, é a solução apresentada para conter o avanço da erosão marítima que já ‘engoliu’ 70 metros da faixa de areia em um trecho da Praia Central. O local, que passou por uma megaobra de alargamento em 2021, será novamente isolada para um novo serviço nas próximas semanas.

Conforme o engenheiro Rubens Spernau, responsável pela fiscalização das obras na praia, o valor da nova construção ficará em cerca de R$ 3 milhões. O objetivo é colocar tubos geotêxteis perto da margem da praia para impedir o avanço da água. A data de início ainda não foi informada.

O trabalho será concentrado apenas na região da Barra Sul, que fica na ponta da praia e sofre com a forte erosão (veja a foto acima). Ainda conforme o engenheiro, a perda do espaço já era esperada no trecho. Por conta disso, durante os trabalhos em 2021 houve reforço de areia na região.

“Será feito uma estabilização da erosão com geotêxteis e areia ensacada, que são grandes sacos, ali na areia”, explica.

Ao fim da megaobra, a área entre o início do mar até o fim da areia tinha 180 metros de faixa na região da Barra Sul. Com a erosão ao longo dos últimos dois anos, o espaço passou para 110 metros. Ao longo de toda a praia, o aumento médio foi de 25 para 70 metros.

A decisão, como destacou o engenheiro, teve o objetivo de evitar que outros problemas ocorressem na região, que antes da megaobra quase não tinha mais faixa de areia. Em dias de forte ressaca, por exemplo, era comum que o mar invadisse a Avenida Atlântica e causasse estragos na cidade.

No mesmo espaço onde ocorre a erosão moradores já flagraram o surgimento de um ‘degrau’ próximo à margem do mar em novembro de 2022. Além disso, uma estrutura de concreto que pertenceu a um antigo restaurante flutuante na região pode ser visível.

A obra

O alargamento aumentou em média de 25 para 70 metros a faixa de areia em toda a praia. Na Barra Sul, no entanto, aterrou-se mais que o dobro do restante da obra. Quando o projeto foi concluído, a faixa de areia no local chegou a 180 metros. No momento, está com 110 metros segundo o cálculo oficial.

Na época, o Instituto do Meio Ambiente (IMA) questionou a mudança repentina de projeto, que não constava no licenciamento, e chegou a notificar a prefeitura. Na época, o engenheiro Rubens Spernau, fiscal do contrato, explicou que houve sobra de material e decidiu-se reforçar o aterro na Barra Sul, já contando com a erosão marítima mais acentuada no local.

Quando foi feito o projeto de alargamento pela empresa HDI, da Dinamarca, já se previa erosão na região Sul, por isso colocamos mais areia lá. Mesmo assim houve, conforme o previsto, erosão. Mas está no limite de perfil de projeto.

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