Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Bancos chineses se preparam para possível calote da empresa Evergrande

O governo da China está pedindo para autoridades locais se prepararem para uma eventual quebra da Evergrande, megaincorporadora imobiliária que tem mais de US$ 300 bilhões em dívidas e está à beira da falência.

A informação é do diário americano The Wall Street Journal, que cita “fontes oficiais próximas às discussões”. Segundo o jornal, isso indica a relutância de Pequim em resgatar uma das maiores empresas do país.

As recomendações do governo chinês são para as autoridades se prepararem para uma “possível tempestade”. Agências locais e empresas estatais teriam sido instruídas a agir apenas “no último minuto, caso a Evergrande não consiga administrar seus negócios de forma ordenada”.

Já a Bloomberg afirma que Pequim emitiu uma série de instruções para a incorporadora, pedindo prioridade na conclusão dos projetos em construção, no reembolso de investidores individuais e no pagamento de obrigações de curto prazo em dólar.

A Evergrande tem uma dívida de US$ 83,5 milhões com vencimento nesta quinta-feira (23), mas com 30 dias de tolerância antes da declaração de insolvência.

Por meio de um comunicado, o presidente e fundador da incorporadora, Hui Ka Yan, disse que será “prioridade absoluta” ajudar os investidores de varejo e que a empresa “fará seu melhor para retomar o trabalho e a produção”.

A Evergrande tem 1,4 milhão de imóveis em construção e emprega cerca de 200 mil pessoas.

Venda de ações

Um importante acionista do Evergrande Group planeja vender todas suas ações na incorporadora da China, potencialmente levando mais de US$ 1 bilhão no processo.

A Chinese Estates Holdings, controlada pelo bilionário de Hong Kong Joseph Lau e sua mulher, Chan Hoi-wan, afirmou que recentemente reduziu sua participação na Evergrande de quase 6,5% a 5,7%, e que buscava a aprovação dos acionistas para vender o restante.

A Chinese Estates gastou o equivalente a US$ 1,75 bilhão para comprar sua parcela em 2017 e 2018, e outros US$ 86 milhões em bônus da Evergrande, segundo documentos.

Agora, a companhia afirmou que seu conselho estava cauteloso sobre a empresa, incluindo questões de liquidez e os riscos para suas finanças e operações, caso ela não consiga solucionar os problemas.

A empresa também citou um declínio significativo no preço da ação da Evergrande, além da volatilidade do mercado acionário e de mudanças nos mercados e na economia.

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