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Por Redação do Jornal O Sul | 23 de dezembro de 2022
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de São Paulo, fechou a sexta-feira (23) em alta. O índice registrou alta de 2%, aos 109.698 pontos. A semana termina com alta de 6,65%. Com o resultado, o índice acumula queda de 2,48% no mês. No ano, no entanto, sobe 4,65%.
Já o dólar terminou o dia em queda de 0,39%, cotada a R$ 5,1655. A semana termina com baixa de 2,42%. A divisa passou a acumular queda de 0,69% no mês e de 7,34% no ano.
Mercados
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do País, ficou em 0,52% em dezembro.
O índice fechou o ano de 2022 com variação acumulada de 5,90%, menor taxa em 20 meses – a menor taxa até então havia sido em março de 2021 (5,52%). Em 2021, a prévia da inflação havia sido de 10,42%, a maior para um ano desde 2015.
Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em dezembro. Transportes e Alimentação e bebidas foram responsáveis pelo maior impacto no mês. Vestuário, por sua vez, apresentou a maior variação, fechando o ano com a maior alta acumulada (18,39%) entre os grupos.
Já na Bolsa, os acionistas da resseguradora IRB Brasil aprovaram o grupamento de ações ordinárias na proporção de 30 para 1, sem alteração do capital social, disse a empresa. O grupamento será efetivado em 25 de janeiro, com base na posição acionária do dia anterior.
“Como ato subsequente à efetivação do grupamento, as frações de ações eventualmente existentes serão identificadas, agrupadas em números inteiros e vendidas pela companhia em leilão a ser realizado na B3 em data a ser oportunamente divulgada”, disse a empresa.
Ainda na sexta, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) atendeu a pedidos de participantes de mercado e abriu a possibilidade de fundos de investimentos investirem em criptoativos. A medida é válida para os fundos de investimento financeiros (FIF, que inclui ações, cambiais, multimercados e renda fixa).
O regulador diz que o foco da solução esteve em permitir que os fundos possam operar esse novo segmento de mercado, sem, entretanto, fragilizar os controles relacionados à existência, integridade e titularidade dos ativos – uma clássica preocupação da regulamentação de fundos.
No exterior, o mercado também avaliou os resultados da inflação dos Estados Unidos, depois de resultados fortes do PIB e dos pedidos de auxílio-desemprego.
O Índice de Preços para Despesas com Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) dos EUA se desacelerou em novembro, a 5,5% em termos anuais, contra os 6,1% de outubro. O Federal Reserve (Fed, Banco Central americano) quer reduzir o índice PCE para 2% anual.
Em um mês, a alta dos preços foi de apenas 0,1%, ante 0,4% em outubro. As medidas do Fed para desacelerar a economia e conter a inflação frearam o consumo, que cresceu apenas 0,1%, contra 0,9% em outubro.
O PIB dos Estados Unidos foi revisado para cima, a uma taxa anualizada de 3,2% no terceiro trimestre. Já o número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou menos do que o esperado na semana passada, para 216 mil na semana encerrada em 17 de dezembro.
Esses dados destacaram a força da economia dos Estados Unidos e agravaram as preocupações com o contínuo aperto da política monetária pelo Federal Reserve (BC dos EUA).
Na China, as ações terminaram em baixa na sexta, já que o aumento dos casos de covid afeta a atividade econômica e piora o sentimento dos investidores.
O índice CSI 300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, fechou com perda de 0,2%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 0,29%. O índice Hang Seng de Hong Kong caiu 0,44%. Na semana, o CSI 300 caiu 3,2%, registrando o pior desempenho semanal desde novembro, enquanto o Hang Seng subiu 0,7%.
A China, que abandonou a política de covid zero, está esperando um pico de infecções de covid dentro de uma semana, disse uma autoridade de saúde, com as autoridades prevendo uma pressão extra sobre o sistema de saúde do país, mesmo quando minimizam a gravidade da doença e continuam a relatar que não há novas mortes.