Segunda-feira, 10 de novembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 27 de fevereiro de 2022
O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez um passeio de moto aquática, na manhã de domingo (27), em Guarujá e em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Após descer da embarcação, ele provocou uma aglomeração de banhistas nas duas cidades. O presidente chegou no sábado (26) no litoral de São Paulo, onde deve passar todo o feriado de Carnaval.
Bolsonaro saiu de Brasília, na manhã de sábado, e foi de avião até o Aeroporto de Congonhas (SP). Depois, ele seguiu em um helicóptero para Guarujá, onde chegou por volta das 10h20. Ele e sua comitiva estão hospedados no Forte dos Andradas. A previsão é que o presidente retorne à Brasília na próxima sexta (4).
Durante a tarde de sábado, o presidente Jair Bolsonaro fez um passeio de moto aquática entre as cidades de Guarujá, onde ele está hospedado, e Praia Grande. Durante a noite, ele jantou em um restaurante e pizzaria na Vila Maia, perto da praia de Pitangueiras.
Já na manhã de domingo (27), Bolsonaro saiu do Forte dos Andradas e novamente passeou de moto aquática. Por volta das 10h, ele desceu do veículo e cumprimentou banhistas, o que provocou uma aglomeração na praia do Guaiúba.
Depois, o presidente embarcou novamente na moto aquática e seguiu para Praia Grande. Durante o trajeto, ele tirou fotos e cumprimentou pessoas que estavam em lanchas e embarcações. Em seguida, se dirigiu para a praia do Canto do Forte. Após desembarcar, ele também conversou com banhistas. Logo depois, seguiu para o Forte de Itaipu, onde almoçou.
Guerra
Bolsonaro evitou condenar a invasão da Ucrânia e se mostrou reticente em relação à possibilidade de a comunidade internacional impor sanções à Rússia. Com vaga no Conselho de Segurança da ONU, o governo brasileiro dará um dos votos sobre o tema na próxima reunião do grupo, prevista para esta semana.
“Deixo claro que o voto do Brasil não está definido ou atrelado a qualquer potência. Nosso voto é livre e será dado nessa direção”, disse em coletiva no Guarujá, no litoral de São Paulo, em que pregou solução diplomática para o conflito.
“Para nós, a questão do fertilizante é sagrada. E nossa posição, como acertado com o Carlos França, é de equilíbrio”, declarou o presidente. A deflagração do conflito provocou aumento no preço dos fertilizantes no mercado internacional. O plantio de grãos do Brasil depende do produto. “Nossa posição tem que ser de bastante cautela para não trazermos problemas para o nosso País.”
Bolsonaro disse não acreditar que Putin tenha a intenção de liderar um massacre de civis e destacou o desejo de parte da população do sul da Ucrânia de se separar do restante do país. Lembrou ainda que parte dos ucranianos fala russo e chamou os dois países de “quase irmãos”. Ao citar a defesa russa da independência das regiões de Luhansk e Donetsk, falou que “não vamos entrar no mérito se tem razão ou não, vamos buscar a paz”.
A fala do chefe do Executivo destoa do posicionamento do embaixador brasileiro na ONU, Ronaldo Costa Filho. “Primeiro, o Conselho de Segurança deve reagir de forma rápida ao uso da força contra a integridade territorial de um Estado-membro. Uma linha foi cruzada e esse Conselho não pode ficar em silêncio”, disse o diplomata durante a votação.
O Brasil foi uma das 11 nações favoráveis à resolução proposta por Estados Unidos e Albânia que condenou, na última sexta-feira (25), a investida militar do presidente russo Vladimir Putin. A decisão, no entanto, foi vetada pela Rússia, que é um dos cinco membros permanentes do Conselho e, por isso, tem poder de veto.
Jair Bolsonaro visitou o presidente russo, Vladimir Putin, em 16 de fevereiro, dias antes de a Rússia iniciar a operação militar contra a Ucrânia. A exportação de fertilizantes para o Brasil e a cooperação na área da agricultura foram pontos de destaque celebrados entre os dois mandatários.