Segunda-feira, 19 de maio de 2025

Bolsonaro recorre ao Supremo contra decisão que o deixou inelegível até 2030

A defesa de Jair Bolsonaro (PL) recorreu nessa sexta-feira (6) ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que deixou o ex-presidente inelegível por oito anos.

O chamado recurso extraordinário foi apresentado à própria Corte eleitoral, que precisa aceitar esse documento, verificando se há requisitos para sua tramitação, antes de remetê-lo ao Supremo.

Assim que o recurso extraordinário chegar ao STF, os três integrantes da Corte que participam do TSE (Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia e Nunes Marques), ficam excluídos da distribuição do recurso.

Na última semana, a Corte eleitoral rejeitou, por unanimidade, o recurso apresentado pelos advogados de Bolsonaro contra a decisão que o deixou inelegível.

Só depois dessa decisão é que fica possível acionar o Supremo. Para isso, a defesa questiona eventuais ofensas à Constituição no julgamento.

“O veredicto final da Justiça Eleitoral não merece subsistir face a graves violações ao Texto Constitucional, perpetradas de forma direta pelo Col. TSE”, disse a defesa, no recurso, assinado pelos advogados Tarcísio Vieira de Carvalho, Eduardo Augusto Vieira, Ademar Aparecido e Marina Almeida Morais.

Em junho, o TSE entendeu que Bolsonaro praticou abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação ao fazer uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada e disseminar ataques às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral brasileiro.

O placar do julgamento terminou em 5 votos a 2 pela condenação, o que deixa o ex-presidente impedido de disputar eleições por oito anos.

No recurso ao STF, a defesa argumentou que houve violações à Constituição durante o processo e julgamento do caso pelo TSE.

Um dos pontos questionados é a inclusão no escopo da análise da chamada “minuta do golpe”. O documento, encontrado em janeiro na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, previa um decreto de Estado de Defesa na sede do TSE.

A medida, que seria inconstitucional, teria o objetivo de alterar o resultado das eleições de 2022.

Conforme a defesa, a inclusão do documento foi feita depois que a fase de levantamento de provas e de informações já havia se encerrado. Há também contestação sobre a relação entre a minuta e o objeto da ação.

Outro ponto em que a defesa argumenta ter havido ofensa à Constituição é quanto ao fato de o TSE ter rejeitado o recurso contra a condenação sem a completa resolução dos supostos vícios apontados na decisão.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Política

Suspeitos de assassinato de candidato no Equador são encontrados mortos na prisão
Entidades judaicas no Brasil repudiam ataque do Hamas contra Israel
Pode te interessar
Baixe o app da TV Pampa App Store Google Play