Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Brasileiros recém-chegados como turistas a Portugal já conseguem trabalho

Falta de mão de obra e oferta de vagas nesta retomada econômica: a combinação na medida para quem sonhava em trabalhar em Portugal. E a reabertura foi impulso para os brasileiros. Muitos chegaram como turistas logo na primeira semana da volta dos voos não essenciais, desde 1º de setembro, e conseguiram trabalho.

Foi o caso do contador carioca Rubem Otero, que desembarcou com a família em Bragança, região norte, na primeira semana de setembro. Ele conta que temia o desemprego no Brasil e a violência do Rio. Sem conseguir vaga em sua área aos 60 anos, trabalhava como motorista de aplicativo.

“Consegui um emprego numa pousada com contrato de um ano. Fiquei surpreso com a rapidez. Atuo na recepção, mas acabo fazendo outras tarefas também. Percebo que falta mão de obra qualificada. Ao mesmo tempo, é difícil entrar no mercado em algo mais estável. Mas estou me mexendo para voltar à minha área”, contou Otero.

A entrada como turista é um movimento comum dos brasileiros em Portugal. É possível permanecer nesta situação por 90 dias, prorrogáveis pelo mesmo tempo. Durante este período, os recém-chegados podem conseguir trabalho e entrar com o pedido de autorização de residência. Porém, o processo pode ser demorado, causar transtornos e, por isso, advogados e especialistas em imigração desaconselham a imigração desta maneira.

Mas é a realidade. Empresários consultados informaram que funcionários brasileiros recém-chegados como turistas foram contratados nesta nova onda de imigração. Diante da falta de mão de obra, vagas informadas em grupos de ajuda nas redes sociais têm sido ocupadas com frequência, o que demorava a acontecer.

Há quem venha como turista, mas tenha uma promessa de emprego. O que é confirmado por empreendedores brasileiros em Portugal. Após tentativas frustradas antes da retomada do turismo, informaram que apenas esperavam a reabertura para contratar.

Mesmo aqueles que entram como turistas podem requerer ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) o reagrupamento familiar. Isto ocorre quando um membro da família tem situação regular, extensiva aos demais.

É uma hipótese para Otero. A mulher, Jussara, tem autorização de residência porque estuda enfermagem no Instituto Politécnico de Bragança (IPB), pólo de atração para a região.

“Não só minha esposa, mas filha e genro são estudantes universitários e têm autorização de residência por dois anos. Eu entrei como turista, tenho contrato de trabalho, mas vou fazer reagrupamento porque é mais rápido. Quero fazer tudo certo. Mas, mesmo assim, não há vaga no SEF”, disse Otero.

Ex-funcionária pública, Jussara vai se dedicar aos estudos por um ano antes de tentar trabalhar na área, em um hospital da região. Os filhos trabalham.

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