Quinta-feira, 28 de março de 2024

CCJ aprova Mendonça e apequena Alcolumbre

Teve o significado de uma derrota humilhante de Davi Alcolumbre (DEM-AP) a aprovação de André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal (STF) por 18 a 9 votos na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), seguida dos 47 a 32 no plenário do Senado. Sem votos para rejeitar a indicação do presidente Jair Bolsonaro, o senador do Amapá apelou para o poder que restava: a pauta da comissão. E tentou vencer pelo cansaço por 140 dias. No fim, a própria CCJ o derrotou.

Demora ajudou
A demora jogou contra Alcolumbre e os que torciam pela rejeição. Hábil e educado, o futuro ministro do STF teve mais tempo para se articular.

Upgrade no telhado
Quase 5 meses de espera permitiram a Mendonça ampliar apoio dos senadores. Pôde até fazer implante de cabelos e vê-los crescer.

Resultado esperado
O voto é secreto, mas, além de Alcolumbre, quase toda oposição da CPI da Pandemia integra a CCJ, onde governistas são maioria.

Magistrado maltratado
Na composição do STF, nenhum dos ministros passou tanto tempo quanto Mendonça esperando sua sabatina na CCJ do Senado.

Doria confirma Datena apoiando o PSDB em 2022
O candidato do PSDB a presidente, João Doria, confirmou em Nova York que o apresentador José Luiz Datena estará no “campo de apoio” ao projeto eleitoral tucano em 2022. “Ele vai avançar conosco, no campo estadual, com Rodrigo Garcia, e conosco no plano presidencial”, afirmou. Doria, no entanto, disse que ainda é cedo para definir a “posição” de Datena, isto é, o cargo ao qual vai se candidatar.

Senado na mão
Datena aparece bem nas pesquisas para quaisquer cargos, mas é muito provável que o tucanato lhe ofereça a disputa pelo Senado.

Chapa improvável
O apresentador já se dispôs a ser vice de Doria, mas é improvável uma chapa apenas de paulistas na disputa presidencial.

Agora vai
O governador afirmou que a aliança com Datena esteve para ocorrer nas eleições de 2016 e 2018, mas agora é para valer.

Um homem de bem
A aprovação de André Mendonça pelo Senado, nesta quarta-feira (1º), é a garantia que um sujeito decente e um jurista qualificado será ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Sem arrodeio
Marcos Rogério (DEM-RO) foi direto e expôs o ativismo judicial durante sabatina de André Mendonça. Para o senador, partidos que não obtêm respaldo nas urnas usam o STF para impor a agenda ideológica.

Mandou mal
O ex-presidente da CPI da Pandemia, Omar Aziz (PSD-AM), pagou mico ao defender a idéia exótica de que o Supremo Tribunal Federal é mais importante que os poderes Executivo e Legislativo. Pegou mal.

Meta de 3 milhões
O resultado do Caged em outubro fez o Brasil chegar ao recorde de 2,6 milhões de empregos com carteira assinada em 10 meses. E começa a se refletir no panorama geral, com queda no total de desempregados.

Vírus do oportunismo
Apesar das explicações de especialistas sobre como a nova variante é próxima da delta e da P1, o que quase garante a eficácia da vacinação, o “mercado” tratou de estabelecer o pânico para lucrar alto.

Brasil voando
Com mais de 164 milhões de pessoas vacinadas, o Brasil já atingiu 100% do público-alvo e tem 77% da população geral que receberam ao menos uma dose, além de 63% de pessoas totalmente imunizadas.

Mudança de tendência
O Itaú divulgou dados interessantes sobre o mercado de câmbio, com o crescimento de 785% na compra de euro em espécie ao longo de 2021. Em setembro, superou as compras de dólar pela primeira vez.

Calma lá
Atuação do Banco Central e da equipe econômica começa a se refletir entre analistas financeiros. Estudo da Swiss Re Institute prevê a inflação de 2021 em 9%, além de 5,5% em 2022 e 3,5% em 2023.

Pensando bem…
… Alcolumbre é como o Flamengo no Brasileirão: conseguiu apenas adiar a vitória alheia.

PODER SEM PUDOR

ACM era dureza
Foi numa greve de motoristas de ônibus, em Salvador, que o falecido senador baiano ACM apelidou de “Waldir Moleza” ou “Waldir Lerdeza” o então governador da Bahia e depois ex-ministro da Defesa Waldir Pires. Chamado de “Toninho Ternura” ou “Toninho Malvadeza”, dependendo do humor popular ou dos fatos políticos, ACM viveu dias de glória naquela greve, com o povo revoltado gritando nas ruas: “Chega de Moleza, queremos Malvadeza!”

Com André Brito e Tiago Vasconcelos

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